Quando é dia de chuva, não tem jogo no Ginásio Municipal de Barreiros, o Barreirão, em São José. A quantidade de goteiras deixa a quadra impraticável para o esporte. Se chove pouco, a solução é colocar panos no piso. Mesmo que recentemente o local tenha ficado 20 dias fechados para reparos, esse é só um dos problemas de quem usa esse ou demais ginásios na cidade.

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Além das goteiras, o Barreirão tem tacos da quadra soltos, madeiras apodrecidas e banheiro com mictórios interditados e sujos. Nas arquibancadas, tábuas quebradas. Fora a fachada do prédio, que está complementa deteriorada e chama atenção de quem passa pela rua Otto Júlio Malina.

— Nos espaços mais perigosos a gente coloca cones para que os alunos não corram riscos. E em dia de chuva a gente não pode trabalhar porque se não escorrega e se machuca — conta o professor de Educação Física da Rafael Melo, que leciona há 13 anos no Centro Educacional Municipal Maria Iracema Martins de Andrade, que utiliza o ginásio.

O Barreirão é compartilhado com a Escola de Educação Básica Wanderley Junior, esta do Estado. Ambas ficam ao lado do ginásio. Nas noites, o espaço é alugado para times de futsal. O dinheiro arrecadado é usado na manutenção do colégio da Prefeitura.

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Na última sexta-feira, a direção da escola Maria Iracema não permitiu que a reportagem entrasse no ginásio. No entanto, imagens feitas por professores mostram o descaso.

Além do Barreirão, os ginásios Pedro Guanabara, do bairro Fazenda Santo Antônio, e o do Centro Histórico, também têm problemas. Os dois últimos estão interditados desde o vendaval de janeiro, há quase sete meses.

A situação das praças desportivas de São José foi inclusive assunto em sessão da Câmara de Vereadores no dia 05/07.

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— Não acredito que a Secretaria de Educação, Méri Hang, tenha conhecimento da situação atual do ginásio Barreirão ou que ela tenha permitido a reabertura mesmo com banheiros interditados e goteiras — questionou Michel Schlemper (PMDB).

O que diz a Prefeitura

Com relação ao Barreirão, a prefeitura de São José informa que os problemas nos banheiros já foram resolvidos. “A Associação de Pais e Professores (APP) vai arrumar o piso também, uma vez que o recurso arrecadado com o aluguel do espaço vai para a associação. O telhado está no cronograma de manutenção e deve ter o trabalho iniciado durante o recesso escolar”.

Sobre os dois interditados, a prefeitura também se manifestou. Segundo a Secretaria de Educação, para o ginásio da Fazenda Santo Antônio foi feito um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Cassol, por conta de compensação feita pela empresa com a Secretaria de Serviços Públicos. A obra tem previsão de terminar em 120 dias. Será feita a reforma total do ginásio.

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Já com relação ao ginásio central, a prefeitura diz que está aguardando a definição sobre a revitalização do Centro Histórico. Enquanto não finalizar esse projeto, não será possível mexer no ginásio. “Em breve teremos reuniões com a comunidade para apresentar o projeto e só então definir a questão”.

Madeiras quebradas e apodrecidas  Foto: ismael de Melo / Arquivo Pessoal
Panos são colocados n Foto: Ismael de Melo / Arquivo Pessoal
Foto: ismael de Melo / Arquivo Pessoal