O choro foi inevitável. Athos se ajoelhou no gramado e colocou a cabeça na grama. Rodrigo Gral levantou a camisa até o rosto, saiu sem dar entrevista e novamente ergueu a camisa até os olhos enquanto subia a escada para o vestiário. Rafael Lima poderia levar a mão ao rosto entre uma entrevista e outra, para limpar as lágrimas.

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Mas o técnico Dal Pozzo, que durante o jogo estava muito agitado, caminhando e gesticulando, ao final da partida mostrou serenidade. No vestiário ele cumprimentou um por um dos jogadores.

Ele sabe que perda de um título dói, mas já tem outra competição para pensar.

– Minha preocupação agora é recuperar esse grupo psicologicamente para a Série B – disse na entrevista coletiva.

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O treinador solicitou para que a diretoria bancasse a viagem para Minas Gerais dois dias antes, para que ele possa fechar o grupo no novo foco. Na sexta-feira a Chapecoense estreia na Série B contra o Boa, em Varginha-MG.

Por isso o grupo viaja na quarta-feira. O diretor de futebol Mauro Stumpf disse que já nesta segunda haverá uma reunião para avaliar o grupo. O goleiro reserva Rodolpho e o zagueito Tiago Saletti devem tratar da renovação. Alguns jogadores que não foram aproveitados devem ser liberados. E os reforços se incorporam ao grupo principal no treino de terça-feira.

Dal Pozzo avaliou que seu time fez o que podia no jogo de ontem.

– O time saiu de cabeça erguida, caímos em pé – avaliou o treinador.

Ele só lamentou que o segundo gol acabou não saíndo, mesmo com a pressão durante todo o jogo. Para Dal Pozzo, o título se decidiu no primeiro tempo da partida no Heriberto Hülse, quando o Criciúma fez dois gols.

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– Foram 15 minutos de superioridade do Criciúma que decidiram o título – afirmou.

Mesmo assim Dal Pozzo reconheceu o mérito do técnico adversário. A Chapecoense fez a melhor campanha. Mas o Criciúma cresceu no momento certo, avaliou o treinador.