Tão comuns no futebol brasileiro, as “crises” se tornaram rotineiras para os gigantes de Manchester no Inglês. City e United têm campanhas muito aquém do esperado nesta temporada e devem passar por reformulações profundas. Enquanto a equipe de Pep Guardiola já tem até lista de dispensas, os Red Devils preparam demissões de funcionários com cortes até nos refeitórios.  

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Seis vezes campeão da Premier League nos últimos sete anos, o time de Guardiola convive com instabilidade incomum para o treinador espanhol. A equipe comete erros defensivos com frequência e as derrotas se tornaram comuns: são oito, no total. 

Na quarta colocação, com 44 pontos – 20 a menos do que o líder Liverpool –, o objetivo principal do Manchester City é se garantir na próxima Champions League. A única chance de título da equipe nesta temporada é na Copa da Inglaterra, no qual enfrenta o Plymouth Argyle nas oitavas de final. O adversário é justamente quem derrotou os Reds na fase anterior. 

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Segundo a Sky Sports, sete jogadores dos Citizens já foram informados de que não fazem parte dos planos do treinador para 2025/26. Entre eles está o goleiro brasileiro Ederson, que chegou a ser reserva em algumas partidas. Os demais são John Stones, Mateo Kovacic, İlkay Gündogan, Bernardo Silva, Jack Grealish e Kevin De Bruyne. 

Mas o que vão fazer Manchester United e Manchester City

Prestes a completar 34 anos, De Bruyne é um dos nomes mais impactantes da lista. Afinal, são 10 anos de City. O meia belga acompanhou toda reformulação da equipe, multiplicando títulos no currículo, sendo a Liga dos Campeões de 2022-23 como a principal conquista. O jogador iria para o San Diego, da MLS.

O City também buscou reforços para a janela do verão. As principais foram o atacante egípcio Omar Marmousi, o volante espanhol Nico González e o zagueiro uzbeque Khusanov. 

Por sua vez, o caso do United é muito mais complicado. A equipe sofre na 15ª colocação da Premier League, com 30 pontos. Foram 12 derrotas em 30 partidas. 

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De acordo com o jornal português Tribuna, o United chama a fase atual em um  “plano de transformação” para voltar a deixar o clube lucrativo, no qual até 200 postos de trabalho poderão ser cortados. O clube, que já teve o maior staff da Premier League, soma cinco anos de prejuízos. 

Jim Ratcliffe, um dos donos do United, ordenou o fechamento da lanchonete para funcionários em Old Trafford e cancelou as refeições grátis (Reprodução/Skysports)

Os cortes serão ainda maiores, segundo o jornal “The Guardian”. Jim Ratcliffe, um dos donos do United, ordenou o fechamento da lanchonete para funcionários em Old Trafford e cancelou as refeições grátis a partir deste final de semana. Enquanto os atletas continuarão recebendo refeições normalmente, os demais funcionários ganharão apenas sopa e pão de forma gratuita. 

O principal objetivo do United é a conquista da Liga Europa, na qual enfrenta o Real Sociedad nas oitavas de final. A competição dá vaga direta para a Champions League. Mas, para isso, é preciso ser campeão. 

O United também tenta negociar jogadores e aliviar a folha salarial para buscar reforços. Casemiro e Antony, dois brasileiros do elenco, devem ser negociados. O clube ainda emprestou Marcus Rashford para o Aston Villa e pode se desvencilhar do atacante dinamarques Hojlund, contratado em 2023 por 72 milhões de euros. 

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Nem mesmo o técnico português Ruben Amorim tem a permanência garantida. Contratado para o lugar do holandês Erik ten Hag, o treinador ainda não foi aprovado e pode ser demitido. Situação comum na vida dos Red Devils. Após o fim da era Alex Ferguson, oito comandantes perderam o cargo. E, pelo visto, o nono está próximo de ser anunciado.    

Diego Guichard é correspondente do NSC Total em Portugal