O desafio de inovar em um mercado competitivo e a estruturação de um negócio familiar foram os temas do 2º Painel Gestão de Valor 2017, realizado na manhã desta quinta-feira em Capivari de Baixo, no Sul de Santa Catarina. O grupo La Moda, a cervejaria Lohn e a Icon apresentaram seus cases e debateram com o público estratégias de negócio.

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Hugo Olivo, CEO da La Moda, foi o primeiro a falar. Ele contou como a empresa fundada pelos pais deu uma grande virada em 2005 para se tornar uma companhia de faturamento milionário.

— Em 2005, a empresa era focada em roupas infantis e tínhamos em caixa apenas R$ 50 mil para pagar as contas. Minha mãe tinha o sonho de fazer moda adulta, apostamos nisso, e deu muito certo — disse.

Em 2015, a empresa rompeu a barreira dos R$ 300 milhões em faturamento. São 23 lojas no Brasil da marca Lança Perfume e, no ano passado, foi lançada também a My Favorite Things (My.f.t.).

Alexandre Freitas, coordenador de vendas e máquinas e equipamentos da Icon, falou na sequência. Fundada em 1972, a empresa de máquinas e equipamentos atua no segmento de estampos e moldes cerâmicos, com presença no mercado brasileiro e internacional. A Icon tornou-se a segunda maior estamparia do mundo nesse segmento. Freitas contou sobre a inovação da companhia no processo de fabricação de moldes para telhas, o que permitiu mecanizar totalmente a produção neste segmento.

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— Até então, as telhas eram feitas por extrusão. Nós desenvolvemos uma maneira de fazer em linha, prensada. Um processo que durava três dias passou a durar duas horas — afirmou.

Com a redução de tempo, a Icon conquistou novos clientes e ampliou a produção. A marca saltou de 600 mil telhas por mês, em 2004, para 22 milhões mês, em 2017. Freitas diz que a empresa está sempre atenta ao mercado para identificar demandas e que trabalha em projetos para solucionar problemas dos clientes.

Richard Westphal Brighenti, cervejeiro da Lohn Bier, falou na sequência. Criada em 2014 a partir da decisão da família de procurar outro ramo para empreender, ele transformou o hobby de fazer cerveja em casa em negócio. Uma das inspirações foi o butiá, fruta da região, que se tornou ingrediente de uma das criações premiada da marca, a cerveja Laguna.

O sommelier comentou o processo de criação na Lohn, que envolve muitos testes e atenção ao mercado para identificar tendências. De acordo com ele, o mercado dos Estados Unidos é um dos principais a ditar modas no segmento. Ele aposta no crescimento das cervejas “sour” como uma destas novas ondas.

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— Somos uma empresa jovem, mas estamos comprometidos a fazer produtos de qualidade e testar novos sabores. É importante ter receitas próprias. Com isso, esperamos crescer 70% este ano — comentou.

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