Na época da epidemia de H1N1, as grávidas eram um dos principais grupos de risco. Também um vírus, o zika preocupa gestantes por causa das possíveis complicações nos bebês, como a microcefalia. Já sobre o novo coronavírus, ainda não há evidências conclusivas sobre a transmissão vertical — da mulher com a Covid-19 para o feto ou ao recém-nascido durante o parto.
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Neste mês, o Ministério da Saúde incluiu gestantes e puérperas (mães com filhos de até 45 dias de idade) como grupo de risco, mesmo ainda sem estudos conclusivos de que elas seriam mais vulneráveis à doença. A decisão teve como base conhecimentos sobre a atividade de outros coronavírus e do vírus da gripe comum.
Segundo o obstetra e ginecologista Luiz Fernando Sommacal, os dados são bastante recentes, de países que já passaram pela curva ascendente de infecção. De qualquer forma, a orientação é que as grávidas e mulheres que tiveram filho recentemente fiquem em casa e usem máscaras, dentro do que já estipula o protocolo de proteção neste período de pandemia.
— É o cuidado do isolamento, que se estende a todas as pessoas. No momento do trabalho de parto, há alguns cuidados adicionais. Mas não há mudanças, em termos de gestantes e não-gestantes do ponto de vista do cuidado, a não ser o isolamento e uso de máscara — disse o médico.
Recentemente, uma enfermeira inglesa de 28 anos que estava grávida morreu por Covid-19, mas o filho foi salvo. Na nota divulgada pelo hospital, não foi divulgado se a criança foi infectada. No último dia 5, uma fisioterapeuta de 33 anos, com 32 semanas de gestação, morreu pela doença em um centro médico de Recife (PE). Uma cesariana retirou o bebê, que foi levado para a UTI.
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— É importante ressaltar que a Influenza (H1N1), ou as suas diversas formas, continua sendo muito mais graves para as gestantes, pelo menos pelo que se tem de estudos até o momento — declarou Sommacal.
Ouça a entrevista do médico Luiz Fernando Sommacal para o Notícia na Manhã, com Mário Motta: