Ele não entra em campo para bater um pênalti decisivo, não contrata nem dispensa jogadores e também não é o responsável por escalar o time que vai jogar. Nem por isso o papel de Fernando Kleimmann é menos importante para o futuro do clube. Trabalhando no Joinville há dois meses, ele chegou com a responsabilidade de lidar – e melhorar – uma das áreas mais importantes e delicadas para a sustentabilidade do projeto do futebol: o departamento de marketing, que tem entre as suas atribuições a missão de ampliar com o quadro de sócios do Tricolor.

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O trabalho não é dos mais fáceis. Antes dele, outros profissionais passaram pelo cargo sem conseguir se firmar. Depois de tanto insistir, a diretoria do JEC pesquisou no mercado e foi em busca de alguém gabaritado para assumir um projeto duradouro. E foi no marketing esportivo da Cimed – empresa da indústria farmacêutica que investe em diferentes modalidades – que o Tricolor encontrou Kleimmann.

Não foi fácil convencê-lo a trocar de emprego. Mas o desejo de tocar um projeto ambicioso no Joinville encontrou incentivo em uma antiga paixão da juventude. Apesar de ter nascido em Curitiba, ele se mudou para Joinville em 1989 e morou na cidade durante 20 anos.

– Eu cheguei a ser gandula do JEC. Meu pai tinha uma oficina em frente ao Ernestão. Eu falava que ia trabalhar, enrolava ele e fugia. Atravessava a rua e ia lá catar bola enquanto o Nardela ficava treinando falta – conta.

Ele também tentou ser jogador de futebol. Chegou à categoria juvenil do Tricolor, mas desistiu do sonho de se tornar um atleta profissional quando percebeu que sua vontade era maior que seu talento.

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