As gerências regionais de saúde de Joinville e Jaraguá do Sul realizam nesta quarta-feira um encontro para sensibilizar os órgãos ambientais na atenção à morte de macacos na região. A reunião vai contar com órgãos ambientais e vigilâncias epidemiológicas dos municípios do Norte de SC para estabelecer o fluxo de notificação, manejo e coleta de macacos. É uma maneira de monitorar e investigar a possibilidade da febre amarela chegar ao Estado.
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Como a doença está evidente no Brasil, as gerências querem alertar a população e os órgãos ambientais para caso ela possa chegar ao Sul do País. Segundo a bióloga Ana Flávia Oenning, da 22ª Gerência de Saúde, os macacos são como uma “sentinela” nesse caso. Quando o animal morre pode ser um alerta do vírus da febre amarela estar circulando na região.
— Como o macaco tem a genética muito parecida com a nossa, eles também adoecem de febre amarela. Eles não transmitem, mas ficam doentes como nós — explica.
Até agora, há ocorrência de três mortes de macacos no Norte e Nordeste de Santa Catarina, mas nenhuma em razão da doença. A bióloga alerta para qualquer pessoa avisar a vigilância epidemiológica do município caso encontre um macaco morto. A orientação é de que a população não mexa no animal e nem o remova para que a equipe de profissionais possa coletar as vísceras de 8 a 24 horas após a morte.
O material coletado é enviado para análise no Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina, que encaminha para outro em São Paulo. Isso possibilita a análise das amostras para determinar as causas da morte, confirmando ou descartando a presença do vírus da febre amarela.
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Atualmente, Santa Catarina possui 33 pessoas notificadas com a doença. Desses, 27 foram descartados, cinco estão em investigação e um caso foi confirmado, sendo este contraído em outro Estado.