Esforçar-se ao máximo para atender aos desejos do consumidor sempre foi a orientação básica para as empresas liderarem em seus mercados de atuação. Nessa lógica, desenvolver produtos e serviços que o mercado deseja com rapidez se tornou uma receita quase infalível para o reconhecimento da marca.

Continua depois da publicidade

É fato que estar alinhado às necessidades dos clientes é algo imprescindível, principalmente em mercados de alta velocidade. Entretanto, a dinâmica competitiva de empresas líderes tem mostrado que, tão importante quanto oferecer o que o mercado deseja, é dizer o que deve ser desejado.

Um caso consagrado de criação de desejo são os tablets. Propagados pelo mundo afora pela Apple, eles vêm transformado radicalmente a forma como as pessoas consomem tecnologia. Além do preço acessível e da mobilidade proporcionada por uma estrutura leve e fina, estes equipamentos contam com uma plataforma tecnológica que viabiliza a utilização de uma infinidade de aplicativos, diferenciando-os dos tradicionais notebooks e desktops. A nova geração de produtos vendeu mais de 60 milhões de unidades em 2011, enquanto as vendas de PCs reduziram 14% na Europa e 6% nos EUA no mesmo período.

Os números demonstram claramente que o sonho de consumo agora é um tablet, ou seja, construiu-se uma nova demanda por tecnologia associada à design. Tal como aconteceu no mercado de bebidas sem açúcar quando a Pepsico e Ambev lançaram no Brasil a H2OH! e provocaram modificações no comportamento de consumo.

Diante desse cenário, fica evidente que estar alinhado ao que o mercado deseja é muito importante, mas criar tendências e alterar padrões de consumo proporciona vantagem competitiva incontestável. Por conta disso é preciso encarar que gerar novas demandas deixou de ser um ideal e passou a ser uma obrigação a ser considerada na formulação das estratégias empresariais.

Continua depois da publicidade