O recifense Geraldo Holanda Cavalcanti, 81 anos, foi eleito, com 20 votos, para a cadeira 29 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele concorria com o ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Grau, que teve 10 votos; com o presidente da Biblioteca Nacional, Muniz Sodré, que recebeu oito; e com o músico Martinho da Vila, que não recebeu nenhum voto.
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Cavalcanti é poeta, tradutor, ensaísta e memorialista. Exerceu a carreira de diplomata por mais de 40 anos, tendo sido embaixador no México, na Unesco e na União Europeia. Estreou na poesia em 1964, com O Mandiocal de Verdes Mãos. O também imortal Eduardo Portella, que era dono da Tempo Brasileiro, editora que publicou o livro, diz que Cavalcanti lhe foi na época recomendado por Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto e José Guilherme Merquior.
Em 1998, publicou Poesia Reunida, que lhe rendeu o prêmio Fernando Pessoa, da União Brasileira de Escritores. Suas publicações mais recentes são Encontro em Ouro Preto (contos, 2007) e As Desventuras da Graça (memórias, 2010), ambos pela editora Record.
É especialista na obra e na tradução de poetas italianos – já verteu ao português obras de Giuseppe Ungaretti, Salvatore Quasimodo, Eugenio Montale e Umberto Saba – e também de autores de língua espanhola, como o colombiano Álvaro Mutis. Recebeu, na Itália, em 1998, o prêmio Eugenio Montale, pela tradução da obra do poeta homônimo. Pela tradução de Quasimodo, ganhou, no ano seguinte, o prêmio Paulo Rónai da Fundação Biblioteca Nacional.
Com informações do G1
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