Os jovens brasileiros entre 18 e 30 anos, pertencentes à chamada geração Y, querem mais do que apenas um salário de seus atuais e futuros empregadores. Com ambições elevadas, o grupo espera ser desafiado e ter rápida ascensão. A constatação é de uma pesquisa feita pela Hays, empresa de recrutamento especializado, com mil pessoas desta faixa etária.

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De acordo com o estudo, esta é a geração com os salários mais altos e melhores expectativas de trabalho e de segurança no emprego do que qualquer outra. Estes jovens cresceram vendo o país se desenvolver rapidamente e cumprir um papel importante no cenário global. Por esse motivo, suas ambições são mais altas. Para a maioria, o objetivo profissional não é dinheiro, mas adquirir conhecimento e especialização.

Em segundo lugar, o grupo espera obter reconhecimento pessoal e fazer a diferença para a sociedade. Um emprego em que se possa ajudar os outros é mais desejado do que uma função que ofereça recompensas.

– O jovem procura muito o desafio, que pode ser tecnológico ou social. Ele é instigado a concorrer, fazer algo diferente. O dinheiro é importante, mas é uma consequência disso – afirma Ovídio Felippe Pereira da Silva Jr., professor de MBA em Gerência de Projetos da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) .

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O Brasil é o único país dentre os pesquisados em que o dinheiro não é a prioridade.

Profissionais querem ser donos do próprio negócio

A geração Y quer uma carreira desafiadora e a possibilidade de progredir pessoal e profissionalmente, mas não quer esperar muito por isso. Segundo o estudo, o Brasil tem uma das mais altas taxas de mudança de emprego – 16%. E o número de jovens que espera ter mais de dez empregadores em sua carreira é duas vezes maior do que a média mundial.

Por outro lado, os jovens mostram todos os sinais de querer desenvolver-se continuamente e ter o controle do seu próprio destino. Para 53% dos entrevistados, o chefe ideal é o que atua como um coach ou mentor e grande parte também o descrevem como um líder.

Também há grande tendência para o empreendedorismo: 92% já tem ou quer ter o seu próprio negócio.

Para o professor Pereira da Silva, isso não é uma surpresa para este grupo que quer ser desafiado:

– O empreendedorismo não tem limites, ao contrário de uma empresa que tem regras, disciplina e salário limitado. As empresas tem que explorar esse comportamento oferecendo planos de carreira para não perder talentos – explica.

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Confira os dados da pesquisa