A geração de empregos em Joinville ficou no vermelho pelo terceiro mês consecutivo, segundo dados preliminares divulgados nesta quinta-feira pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Em julho, foram fechados 145 postos de trabalho na cidade. O número corresponde à diferença entre admissões e demissões. O resultado, no entanto, não foi tão negativo quanto o de junho (-314) e maio (-449). Em abril, o saldo foi positivo em 1.073 vagas.

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Apesar da retração dos últimos três meses, o acumulado do ano aponta a criação de 6.357 empregos em Joinville. É o melhor desempenho do Estado.

A indústria da transformação foi a principal responsável pelos números ruins de julho. No último mês, o segmento fechou 450 vagas. O desempenho geral só não foi pior porque o setor de serviços (226) e o comércio (187) compensaram. Outras atividades somadas, como a construção civil e a agropecuária, fecharam 108 vagas no mês.

Acij não acredita em demissões em massa

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Mesmo com o cenário ruim, a Associação Empresarial de Joinville (Acij) acredita que, considerando o total de empregos gerados pela indústria, as demissões ainda são pontuais.

O presidente João Martinelli avalia que as empresas optaram por esgotar as alternativas existentes, como as férias coletivas, e diz não acreditar que ocorra um volume significativo de desligamentos até o fim do ano.

– Há um número importante de demissões que são voluntárias e que a empresa optou por não substituir o empregado demissionário, ou seja, o simples fato de não repor quem se aposenta ou pede demissão já interfere no número – avalia.

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