O geólogo Fernando Tavares, da Defesa Civil de Joinville, não acredita que novos tremores de terra serão registrados na região de Pirabeiraba. Foram percebidos 12 tremores entre sábado e domingo por moradores das margens da SC-301, na região da Serra Dona Francisca (o último só foi divulgado nesta segunda por ter sido percebido por volta das 21 horas de domingo).
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Na manhã desta segunda-feira, membros da Defesa Civil estiveram novamente em uma das áreas onde o fenômeno foi constatado, no km 86 da rodovia. Fernando Tavares fez marcações da localização em um GPS. Ele pretende passar as coordenadas para operadores de sismógrafos – equipamentos que registram ondas sísmicas – na Universidade de Brasília e na Usina Hidrelétrica de Salto Pilão, entre os municípios de Apiúna, Ibirama e Lontras.
-Primeiro precisamos ter os dados para tentar localizar o epicentro do tremor. Depois, poderemos investigar a região em busca de mudanças visíveis, como um ponto de drenagem ou mudança em um rio-, afirma.
Segundo Tavares, é consenso entre os geólogos que a sequência de tremores foi resultado do alívio de pressão acumulada entre rochas. Como os primeiros tremores comunicados à Defesa Civil foram mais fortes do que o último, registrado no domingo, a tese é de que o solo voltou a ficar estável.
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-Trata-se de um fenômeno natural. É importante que todos fiquem calmos. Isso é uma acomodação das rochas, não há nada de errado nessa região-, explica Tavares.
A Defesa Civil faria um sobrevoo em Pirabeiraba nesta segunda-feira, mas a possibilidade foi descartada pela manhã por causa da grande quantidade de nuvens na serra.