Não demorou muito para que Gerhard Zwicker se interessasse por plantas. Nascido em março de 1934, num parto feito em casa por uma religiosa alemã, mal completou oito anos e já estava cuidando da horta do quintal. Mais tarde começou a ajudar os pais na produção de leite. Com uma carroça saía pela cidade distribuindo as mercadorias para uma clientela fixa, como alguns endereços da Rua XV de Novembro, o Hospital Santa Catarina e o batalhão do Exército.
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Aos 18 anos tornou-se tipógrafo, trabalhou na Cia. Hering e em 1979 se aposentou pela Baumgarten. Em meados dos anos 1960, já casado com Ursula Zwicker, mudou-se para a residência onde mora até hoje, na Rua Amazonas, vizinha àquela onde nasceu. Foi por essa época que a horta em frente de casa começou a chamar atenção da vizinhança. Muita gente procurava o casal em busca de mudas, coisa que até então não produziam.
– Estamos perdendo tempo. Vamos fazer mudas então – disse Gerhard para Ursula.
Começaram com hortaliças e depois ampliaram para as flores. Aos 81 anos, Gerhard agora revende mudas de Pomerode e sua própria produção de alface, cebolinha e rúcula – tudo sem agrotóxico, já que alguns sapinhos, que ele chama de amigos, saem à noite à caça das pragas, evitando assim o uso de venenos. Sua casa é cercada por plantas, mas flores ele só comercializa os antúrios.
A neta Sara Laíse, de 12 anos, entrega que o avô ainda hoje anda de perna de pau e “planta” bananeira. Gerhard confirma: aprendeu com um parente que praticava ginástica olímpica.
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“Sorria para a vida porque a vida é alegria” é o que ele diz, enquanto posa para as fotos em meio à horta de casa.