Geninho se preparava para o almoço de domingo em Santos quando recebeu o telefonema do amigo Francisco Battistotti. Ouviu o convite, conversou com a família e à tarde ligou para aceitar o desafio de buscar, pela terceira vez, levar o Avaí à Série A do Brasileirão. Na terça-feira (4), aos 72 anos, Eugênio Machado Souto desembarca mais uma vez em Florianópolis, deixando de lado uma pausa que prometia durar até o fim do ano.

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– Se não fosse o Avaí, eu não voltaria – afirmou, em entrevista exclusiva à CBN Diário, na noite deste domingo (2), durante o intervalo da transmissão de Chapecoense x Criciúma.

 Há tempos a família quer que Geninho tenha uma rotina mais tranquila, sem as pressões e viagens exigidas pelo futebol. Com a parada forçada pela pandemia, o calendário do Campeonato Brasileiro que começa no próximo fim de semana beira o insano. Mas quem estava do outro lado da linha era Battistotti, presidente do Avaí, de Florianópolis. No começo da tarde deste domingo, o colunista Leo Coelho já antecipava a contratação do treinador. O sim era inevitável.

– Todo mundo sabe a relação que tenho com o presidente do Avaí e com a cidade, onde tenho muitos amigos. Eu esperava ficar mais num tempo sem trabalhar. Fui conversar com a família. Os prós foram maiores do que os contras. Liguei pra ele no fim da tarde e aceitei o desafio de levar o Avaí pela terceira vez à Série A.

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Geninho compara o momento atual do Avaí com as temporadas dos acessos. Dessa vez, a vantagem é começar a Série B, embora assuma na semana da estreia.

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– Nas duas vezes que cheguei peguei o Avaí em situação pior, com o campeonato rodando, e conseguimos o acesso.

Por outro lado, o calendário que virá é algo sem precedentes:

– O campeonato vai ser muito difícil, com uma sequência de jogos um em cima do outro. Precisa um grupo forte. No caso do Avaí, fará falta a torcida, que é um aliado muito grande na Ressacada.

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A primeira passagem de Geninho foi entre 2014 e 2015, e a segunda, entre 2018 e 2019. Geninho conquistou dois acessos e recebeu uma homenagem do clube por completar 100 jogos no comando do Avaí. No entanto, saiu após resultados ruins no início da Série A de 2019, depois de levar o clube a conquistar o Campeonato Catarinense. 

Ainda no ano passado, meses depois, ele confessou que se arrependeu de ter saído do Avaí e chegou a ser cogitado para assumir a diretoria de futebol do clube. 

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