A declaração do técnico Geninho, do Avaí, logo após a derrota para o Figueirense por 1 a 0, no último dia 27 de janeiro, estará nesta terça-feira, às 19h, na pauta de julgamentos do Tribunal de Justiça Desportiva de Santa Catarina (TJD-SC) na sede da entidade, em Balneário Camboriú. Naquela ocasião, o treinador azurra disse que o volante alvinegro Betinho "merecia um soco na cara" por causa da entrada violenta em Caio Paulista, do Leão.

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– Tivemos um lance que se o Betinho pega o jogador, ele provavelmente andaria de cadeira de rodas o resto da vida. Uma irresponsabilidade muito grande de um jogador de futebol com o companheiro. Isso não é atitude de um jogador profissional que tem caráter. Ele corria o risco de um colega dar um soco na cara dele e seria muito bem dado. Ele merecia pela atitude que teve – disparou Geninho no dia 27 de janeiro ainda no Orlando Scarpelli.

Os procuradores do TJD-SC entenderam que Geninho incitou o uso da violência para resolver questões de jogo, o que fere a conduta esportiva. Por isso, o treinador foi enquadrado no artigo 243-D do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e pode ser suspenso por até 720 dias (dois anos), além de multa que dependendo do entendimento dos auditores pode chegar em até R$ 100 mil.

Ciente de que será julgado, Geninho cumpriu no domingo a orientação do departamento jurídico do Avaí e não compareceu à entrevista coletiva depois da vitória do Leão sobre o Criciúma, por 3 a 0, na Ressacada. A manobra tem como objetivo evitar que outras declarações sobre o tema fossem dadas e, por ventura, pudessem prejudicar o treinador no TJD-SC.

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