Os jogadores do Avaí mantiveram a “Lei do Silêncio” este sábado e não conversaram com a imprensa ao final do empate com o América-RN, na Ressacada. O técnico Geninho foi o único a se pronunciar. Para ele, a atitude dos jogadores, como forma de protesto ao atraso no pagamento de salários, não influenciou no resultado em campo.

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> Avaí cria mais, mas fica no empate com o América-RN

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– Não acho que o extracampo atrapalhou. Estou convivendo com essa rapaziada e eles estavam bem chateados agora no vestiário porque hoje tínhamos uma chance de disparar na classificação – disse o técnico em entrevista coletiva.

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Para Geninho, o problema do Avaí nesta tarde foi um só: a finalização.

– No primeiro tempo, nossa equipe teve no mínimo três chances reais de gol, a mesma coisa no segundo tempo. Seis chances contra uma apenas do adversário, então a gente merecia ganhar o jogo. O nosso time foi muito superior o jogo todo. Neutralizou o adversário, teve mais posse de bola, criou mais. Mas se não faz gol não ganha. Não adianta criar 10, 20 chances se uma bola não entra no gol – avaliou.

Os últimos dois jogos do Avaí em casa terminaram em zero a zero, enquanto nas duas últimas partidas fora o time fez um total de oito gols. O comandante comparou o desempenho oposto do time em cada situação.

– Toda vez que você joga fora encontra mais espaço para jogar. Vai ter um time te pressionando, tentando mais o jogo, mas vai ter mais espaço para jogar. E sempre que jogarmos em casa teremos menos espaço. Mas hoje não faltou espaço, é difícil um time criar tanta chances como criamos. Você tem que ter oportunidade e aproveitar, porque senão não ganha. Precisamos de um aproveitamento melhor nas chances que criamos. Parece que fora temos mais tranquilidade para fazer o gol, tivemos chances hoje que era só deixar o pé parado que a bola entraria, a ansiedade atrapalhou.

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O treinador afirmou que o time segue em busca do tão sonhado finalizador.

– Atacante vive de gol, então o ataque vai sempre ser cobrado para que faça os gols. Não é só o Avaí que precisa de atacantes, o mercado está muito escasso para esse jogador e, quando ele aparece, está caro, fica fora das possibilidades do Avaí de contratar. Mas estamos procurando. Não temos mais muito tempo, mas vamos procurar.