Classificado à final do Campeonato Catarinense 2019, o Avaí disputa o título no próximo domingo, às 16h, em confronto único diante da Chapecoense. É a chamada "final de Série A", pois vai colocar frente a frente os dois times do Estado que estão na elite nacional. Para ser campeão, porém, o Leão terá que jogar melhor em relação ao empate por 1 a 1 contra o Criciúma, na Ressacada, que levou a decisão da vaga aos pênaltis. E isso quem deixou claro foi o técnico Geninho. Ele voltou a dizer que a equipe não rendeu o esperado na temporada.
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– Quando você chega em uma situação de um jogo apenas, entra muita coisa em cima. Muitos garotos não decidiram um título. E isso reflete. Estamos vindo com o time desgastado e isso preocupava. Foi nítida nossa queda contra o Vasco. Era um jogo difícil, típico de decisão de um jogo só que não podia errar. A única vantagem era jogar em casa. Mas foi tudo bem. Os jogadores bateram os pênaltis com tranquilidade, e o Lucas fez as defesas. Estamos na final, que era o nosso objetivo. Vamos enfrentar uma equipe de Série A. Será um jogo mais difícil. É uma final e espero fazer um jogo melhor – falou Geninho.
O comandante azurra elogiou o trabalho do departamento de análise de desempenho do Avaí. Segundo Geninho, o setor foi responsável por detalhar como jogaria o Criciúma, uma vez que o time do Sul do Estado mudou bastante o elenco desde o último encontro entre eles. Além disso, tinha no banco de reservas Gilson Kleina, contratado pela direção do Tigre já de olho na formação do grupo para a disputa da Série B. O treinador também lembrou que o fato do Leão não conquistar o Catarinense desde 2012 serve como "motivação" extra aos atletas.
– Eles nos deram mastigado o Criciúma, até mesmo nos pênaltis. Eles estavam trabalhando em paralelo Figueirense e Chapecoense. Agora, focamos na Chape. Vamos fazer a semana para recuperar os jogadores, mas não só a cabeça, principalmente o corpo. E tranquilizar o grupo. Motivar uma equipe para disputar um título não precisa. Quem não tem tesão para disputar um título não pode fazer nada. São sete anos de jejum. Estamos numa fila. Tem a oportunidade de ser campeão na Ressacada e interromper a sequência negativa – disse.
Também na entrevista coletiva após a classificação, Geninho voltou a falar do rodízio no gol do Avaí. Contra o Criciúma, o técnico optou por Lucas Frigeri. Antes, tinha sido a vez de Vladimir jogar diante do Vasco pela Copa do Brasil. Seguindo a lógica, na decisão, será o direito de Glédson ir para a meta do Leão diante da Chapecoense. Mas o comandante não cravou que isso vai acontecer, porém, questionado se a situação chegaria ao fim, mais uma vez demonstrou desconforto e voltou a dizer que conta com três excelentes opções.
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– Estamos falando de rodízio desde que começamos. Vocês têm alguma reclamação de algum goleiro? Algum deles falhou? Pelo contrário, eles salvaram. Eu acho que todos estavam preparados. Calhou de ser o Lucas contra o Criciúma. Mas os outros dois também teriam o mesmo aproveitamento nos pênaltis. Eu não gosto de falar o que vou fazer. Talvez eu mantenha o rodízio e depois coloque no Brasileiro quem vai jogar com mais frequência. O Avaí tem, hoje, três goleiros de grande qualidade no elenco. Eu posso jogar a camisa pra cima e quem pegá-la joga facilmente – completou.
Com a vaga na final garantida, o Avaí volta a decidir o Estadual após dois anos e novamente contra a Chapecoense, adversária pela qual foi derrotado em 2017. O confronto único será na Ressacada no domingo, às 16h, pois o Leão fez a melhor campanha na primeira fase.