Em maio, a NSC lançou o movimento "A Vida com Vida" que abordava um assunto muito importante, a doação de órgãos. Agora, uma nova etapa está sendo compartilhada, onde são apresentadas as histórias de cinco transplantados. São pessoas que tiveram a vida transformada devido ao transplante de um órgão.

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Uma palavra é comum entre os que receberam um presente tão especial, o surfista Marcelo Luiz Siqueira, 54 anos; o fotojornalista Antônio Carlos Mafalda, 70 anos; a jovem Isadora Yuri Igaraschi, 24 anos; a fisioterapeuta Isabelle Lourenço, 29 anos e a administradora Kelly Graff, 41 anos: gratidão.

Além desses que tiveram a oportunidade de continuar a viver a partir do gesto solidário das famílias, tem a história de desapego da artesã Marina da Penha Melo, 54 anos, que decidiu doar um rim para a amiga.

Marcelo

No vocabulário dos surfistas, tomar um caldo significa levar um tombo da prancha e ser engolido pela onda. Uma sensação imensamente maior sentiu Marcelo Luiz Siqueira, 54 anos, quando recebeu a notícia de que só existia um jeito de continuar a surfar, a praticar esportes, a viver: um transplante de fígado. Emergiu com esperança e hoje está louco para pegar onda.

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Mafalda

Antônio Carlos Mafalda, 70 anos, é fotojornalista. Encontrava-se em uma viagem de trabalho, no Japão, quando se sentiu mal. Cumpriu a pauta com a determinação dos ungidos pelo amor ao jornalismo, mas ao retornar ao Brasil sentiu que precisava cuidar da saúde. Em meio ao turbilhão de exames médicos, veio a orientação para vencer o câncer de fígado: o paciente precisa ser transplantado. Hoje, amparado pela família e amigos e pela energia que nasce das lentes, Mafalda diz: “não tem como descrever o gesto de quem doa um órgão para outro continuar vivendo”.

Isadora

Isadora Yuri Igaraschi, 24 anos, convivia com algumas doenças autoimunes. Em 2014, com 19 anos, teve diagnóstico de insuficiência renal. Recebeu alguns tratamentos alternativos, até que foi aconselhada a fazer um transplante. Hoje, após ter retomado a vida e o trabalho, se diz muito feliz por esses familiares que aceitaram doar e terem tomado uma decisão que significa tanto.

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Isabeli

No peito de Isabeli Lourenço, 29 anos, bate um coração de 15 anos. Há um ano e cinco meses, a fisioterapeuta, professora de ioga e que trabalha com acupuntura se transformou em transplantada cardíaca. Foram 10 anos entre o descobrir a cardiopatia até o momento do transplante. Hoje, ela diz:

– Essa doação deu continuidade a minha vida. Eu não sei se iria muito longe. Com este coração eu posso fazer tudo de antes, trabalhar, surfar, velejar. Eu posso voltar a ter sonhos.

Kelly e Marina

Kelly Graff, 41 anos é administradora. A vida corria bem até que o irmão descobriu ser doente renal crônico. Na ocasião, tanto ela como outros familiares se ofereceram como doadoras. Ao fazer exames sobre a compatibilidade, a notícia: Kelly também tinha a doença. A situação se agravou e o transplante foi inevitável. Diferente de tudo que podia pensar, ela recebeu o rim de uma amiga. Ao lado de Kelly, Marina da Penha de Melo, uma artesã de 54 anos, fala sobre o sentimento de ter doado em vida.

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