O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, deve deixar o comando da pasta alegando problemas de saúde. A informação é atribuída a fontes do Planalto e foi divulgada neste domingo (14) pelo jornal O Globo.
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> Demissão de Pazuello marca fim de gestão medíocre do ministro na Saúde
De acordo com o jornal, o ministro precisaria de mais tempo para se reabilitar do problema de saúde. No entanto, o pedido para deixar o ministério ocorre no momento em que deputados do chamado Centrão pressionam por uma mudança na pasta, responsável pela gestão da pandemia de coronavírus no país.
Segundo a colunista da Folha de S.Paulo, Mônica Bérgamo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve se reunir com a cardiologista Ludhmila Hajjar para assumir o ministério. O nome dela tem boa aceitação entre os deputados do Centrão. O Globo também cita o nome do presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga, como possível nome para assumir o Ministério da Saúde caso a saída de Pazuello se confirme.
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Troca será a terceira no ministério durante a pandemia
Uma saída de Pazuello seria a terceira troca de ministro da saúde do governo Bolsonaro durante a pandemia do novo coronavírus. Em abril de 2020, o então ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) foi demitido do cargo após divergências públicas com o presidente sobre temas como o distanciamento social e uso de medicamentos como hidroxicloroquina no combate à Covid-19.
O oncologista Nelson Teich assumiu o cargo na sequência, mas deixou a pasta menos de um mês depois, também por divergências com Bolsonaro sobre a gestão da pandemia e a defesa da cloroquina como “tratamento precoce” contra a doença. Desde então, Pazuello, que auxiliava Teich no Ministério, foi promovido a ministro interino e, depois, efetivado no cargo.
A atuação de Pazuello vem sofrendo críticas por situações como a demora na compra de vacinas, o ritmo lento da campanha de imunização e o colapso de Manaus (AM), onde a falta de oxigênio levou pacientes à morte no final de janeiro.
Pazuello esteve na semana passada em Chapecó, onde visitou leitos instalados no Centro de Eventos para atender pacientes de Covid-19. A cidade chegou ao colapso e enfrenta desde o início de fevereiro a falta de vagas de UTI. Na ocasião, Pazuello não fez anúncios nem respondeu a um pedido do Estado sobre instalação de mais leitos na região.
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