O general da reserva do exército chileno Hernán Ramírez, condenado a 20 anos de prisão pela morte do químico da polícia secreta de Augusto Pinochet, Eugenio Berríos, cometeu suicídio nesta quinta-feira, antes de começar a cumprir a pena.

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Ramírez, que teve condenação por sequestro e associação ilícita anunciada na terça-feira, morreu no Hospital Militar de Santiago depois de dar um tiro na cabeça, informou uma fonte policial à AFP.

Um boletim médico afirma que o general entrou no hospital às 1H30 com um “ferimento de bala no crânio”.

“Dada a gravidade do ferimento e, apesar dos esforços realizados pela equipe médico que o atendeu, o general (R) faleceu às 3H20”, afirma o comunicado oficial.

A Suprema Corte do Chile confirmou na terça-feira a sentença de 20 anos de Ramírez e de outros 10 ex-militares chilenos. Três ex-militares uruguaios também foram condenados no caso, por sequestro e associação ilícita, a penas de entre cinco e 15 de anos de prisão.

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Berríos, que foi químico da temida polícia secreta da ditadura de Pinochet, a Direção de Inteligência Nacional (DINA), fugiu do Chile para o Uruguai em outubro de 1991, quando o regime já havia chegado ao fim e começavam as primeiras investigações sobre algumas das mais de 3.200 mortes atribuídas ao governo do período.

Em 1995, Berríos foi encontrado morto com um tiro na cabeça na praia de El Pinar, no Uruguai.

Berríos desenvolveu no Chile, entre outros, o gás sarin, para ser usado contra os opositores do regime de Pinochet (1973-1990).

* AFP