Na manhã desta quarta-feira, o piscicultor Emerson Amorim se deparou com um habitante nativo da Mata Atlântica do Alto Baú, em Ilhota, quando chegou ao pesque-pague na manhã de ontem. Refeito do susto de cair em um dos tanques de criação de peixes, o felino permaneceu longe da água sentado em um cano.

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Amorim relatou à Polícia Militar ambiental que o gato-maracajá pode ter caído ao tentar passar sobre a lagoa por um cano. De acordo com a mestre em Engenharia Ambiental, Cintia Gruener, o bicho é um gato-maracajá (Leopardus wiedii), mais conhecido como gato-do-mato.

Segundo Cintia, o animal está na lista de espécies ameaçadas de extinção no Brasil. A situação, pode ser provocada pela perda de hábitats e pela caça.

_ Trata-se de espécie rara e que possui dependência de ambientes florestais. Com a perda de habitat e a redução das principais presas naturais, as espécies necessitam percorrer grandes áreas e com isso acabam encontrando no caminho as propriedades rurais, que muitas vezes possuem criações domésticas, o que acaba sendo um atrativo para os carnívoros selvagens, já que tem ocorrido uma diminuição das presas naturais por conta da caça ilegal _ detalha a bióloga.

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Em situações como esta, o recomendado é acionar a Polícia Militar Ambiental. A Polícia Militar Ambiental foi acionada e chegou a ir até o local. No entanto, chegou depois que o gato-do-mato voltou para o hábitat.

No final da tarde, o dono do pesque-pague improvisou uma ponte para o gato-maracajá. Com passagem seca garantida, o gato-maracajá voltou para a mata. De acordo com a Polícia Militar Ambiental, o gato-do-mato só oferece perigo para as pessoas se for acuado.