A tradição alemã está presente nas danças folclóricas, na música dos pavilhões, na decoração, na arquitetura externa da Vila Germânica e até no visual, do chapéu à polaina, no figurino dos festeiros. Não haveria de ser diferente na comida. A gastronomia é um dos carros-chefe desta Oktoberfest, e a cada ano atrai um público mais mão aberta disposto a frequentar a festa em diferentes dias para degustar o que ela tem de melhor.

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Desde 2015 a Oktober adotou o conceito de “haus” para organizar e distribuir as diferentes opções culinárias por 20 casas, de acordo com o prato oferecido, em toda a Vila Germânica. A gastronomia do evento consegue alcançar esse sucesso e em dias de semana lotar as mesas dos setores, da praça de alimentação e até as timelines de redes sociais dos visitantes sem abandonar a raiz germânica. São essas opções mais tradicionais alemães que André Packer, 31 anos, busca quando vai à festa. Ao longo do ano o blumenauense já prestigia a culinária alemã em almoços no Senac Restaurante-Escola. Na Oktoberfest, na terça-feira, ele optou por um lanche da Wurst Haus (casa da salsicha), a clássica combinação de pão, salsicha – e um adicional de chucrute. Os valores vão de R$ 14 a R$ 20.

– Tem que ser assim, um hot dog alemão. Gosto também da cuca ou da pizza (Flammkuchen), que é novidade este ano. Coisas mais tradicionais da cozinha alemã – conta.

A Flammkuchen que André se refere é na verdade a versão alemã e quadrada da pizza, com uma massa superfina. O estande do prato, dentro do setor 2, é menos movimentado que a praça de alimentação, mas tem seu público. Visitantes como as amigas de Campo Grande (MS) Nane Rabelo e Elisa Freitas, que optaram pela pizza alemã ao curtirem o segundo dia delas na festa. O prato custa R$ 17 e é oferecido com seis sabores na Oktoberfest – um doce e um vegetariano, inclusive.

Por falar em vegetariano, a praça de alimentação ganhou um espaço exclusivo de alimentos sem glúten, que também oferece hambúrguer para quem não come alimentos de origem animal. É o Glutenfrei Haus.

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Os pratos salgados custam de R$ 19 a R$ 28 e a sobremesa sem glúten, R$ 10. Jaqueline Passold, 26 anos, soube da novidade e na terça-feira decidiu provar os crostinis recheados oferecidos no espaço.

– Acho interessante diversificar a alimentação da festa, colocar opções para quem não pode consumir glúten, então resolvi experimentar, mesmo não tendo nenhuma restrição – conta.

Tradicional pão com bolinho chega à festa

Nada supera um clássico. Na Oktoberfest, tradicionalmente este posto é ocupado pela batata recheada. No ano passado, ela foi o prato mais vendido da festa, com 74 mil unidades, à frente do espetinho (45,9 mil) e do hot-dog alemão bratwurst (24 mil). Há quem diga que a batata recheada da Oktober é o prato em sua melhor versão e que ir à festa e não prová-la é como, parafraseando a música, “mergulhar no rio e não se molhar”.

Este ano, porém, uma iguaria que é um clássico das padarias e lanchonetes blumenauenses ganhou seu cantinho dentro do Parque Vila Germânica. É o pão com bolinho. Na Klops Haus, no setor Eisenbahn Biergarten, ele é vendido por preços de R$ 17 a R$ 24. E rapidamente já ganhou adeptos como o blumenauense Laércio Conterno e a amiga Raquel Hidalgo, de São José do Rio Preto (SP).

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– É um clássico e com certeza é muito bem-vindo, para não ficar apenas na batata recheada ou no frango frito. O importante é ter variedade, para agradar o maior número de pessoas possível – analisa.