A 35ª edição da Oktoberfest se encerrou no domingo com crescimento em números de visitantes, consumo de chope e alimentação. É neste último ponto, porém, que o balanço inicial chama mais a atenção. O público, que até a sexta-feira apresentava leve queda em comparação com o ano passado, reagiu nos últimos dois dias da festa, com atrações como a banda alemã VoXXclub.

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A Oktoberfest terminou com 592 mil visitantes, 4,2% acima do registrado no ano passado. O consumo de chope também teve leve alta. Foram consumidos 623,6 mil litros, 1,86% a mais do que ano passado.

Mesmo com público levemente acima de 2017, o que mais chamou a atenção foi o crescimento nas vendas da alimentação. Foram comercializados 538,7 mil pratos em 19 dias de Oktoberfest, uma alta de 38% em relação ao último ano. Os dados sobre as refeições mais vendidas ainda não foram divulgados pela organização – a expectativa é de que isso ocorra em 19 de novembro, no balanço oficial da festa.

Mesmo assim, a direção do Parque Vila Germânica avalia que esse acréscimo da alimentação é resultado da mudança feita em 2013, com a valorização da gastronomia e a criação do projeto Sabores da Oktoberfest. Na época, o Senac foi contratado para formatar o cardápio da festa e foi definido um padrão de revisão dos pratos a cada dois anos – a próxima atualização do menu oferecido durante a folia será feita no próximo ano.

O secretário de Turismo e presidente da Vila Germânica, Ricardo Stodieck, afirma que o público respondeu a essa iniciativa fazendo com que o chope tenha se tornado hoje um complemento, e não a atração principal da festa. Além disso, ele acredita que a implantação do Oktober Karte também impulsionou as vendas da área da alimentação.

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Isso porque antes era preciso enfrentar uma fila em cada caixa da casa em que se pretendia comprar um prato para adquirir o tíquete e depois retirar o lanche. Com o cartão de consumo, é possível apenas apresentá-lo para retirar o prato.

– No momento da economia que o Brasil passa, com os problemas que muitos eventos também estão vivendo, a Oktober, mesmo com oito dias de chuva, cresceu em público e disparou na questão da gastronomia. Foi algo muito importante – avalia o dirigente.

Mais sabor, mais pedidos

O chef alemão Heiko Grabolle, consultor do cardápio da festa desde 2013, avalia que o aumento do consumo de alimentação na Oktober esteja relacionado à maior oferta de opções e à melhor qualidade dos produtos gastronômicos. A equipe de Heiko oferece palestras e treinamentos para os que trabalham nos estandes da festa. O chef também considera que o crescimento da gastronomia se deve à mudança no sistema de pagamento.

– Antes o visitante ia comprar um tíquete e agora, com o cartão carregado, ele não vê fisicamente o dinheiro sair, isso faz as pessoas consumirem mais – pontua o chef, que acredita que o conceito das casas implantado há cinco anos também ajuda os visitantes a entenderem melhor as opções na hora de comer.

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O secretário de Turismo afirma que o balanço da festa neste ano é positivo. Mais detalhes serão divulgados depois de a pesquisa qualitativa contratada ficar pronta. Na avaliação de Stodieck, o Oktober Karte passou no teste da empresa depois dos dois primeiros dias, considerados de “adaptação” à nova tecnologia.

Encerrada a Oktober, as atenções da Vila Germânica se voltam agora para eventos como o Blumenau a Bordo, em novembro, o Magia de Natal, em dezembro, e a Sommerfest, em janeiro e fevereiro, que neste ano vai ocorrer às noites de sexta-feira e sábado, e não mais na quinta-feira.

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