Pelo segundo balanço financeiro consecutivo, o gasto da Prefeitura de Joinville com a folha de pagamento subiu. Em comparação com a receita líquida, as despesas com os servidores correspondem a 48,47% do que entrou no caixa da Prefeitura entre maio de 2012 e abril de 2013.

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Há cinco meses, o relatório que estudava o impacto da folha entre janeiro e dezembro de 2012 mostrava um percentual de comprometimento de 45,4%. O segundo balanço financeiro de 2013 do governo mostra que as despesas com a folha aumentaram R$ 19,1 milhões até abril. Em paralelo, a receita líquida arrecadada no período teve queda de R$ 23 milhões. Enquanto em 2012 a receita fechou em R$ 1,211 bilhão – considerando os mais de R$ 200 milhões que entraram no balanço patrimonial do Ipreville que não poderiam ser utilizados -, a receita entre maio de 2012 e abril de 2013 fechou em R$ 1,188 bilhão. Parte da queda deve-se à diminuição na arrecadação patrimonial do Ipreville.

Apesar de ter uma relativa folga para os 51,3%, percentual do limite prudencial da LRF, o prefeito Udo Döhler (PMDB) está preocupado.

– Temos que buscar dinheiro da dívida ativa que temos. Pelo menos uns R$ 30 milhões. Também temos que otimizar e informatizar a arrecadação. Melhorar a fiscalização. Não existe fórmula pronta, temos que fazer pequenas medidas para arrecadar mais -, diz

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. O problema tende a se agravar nos próximos meses. A folha, que consome cerca de R$ 44,29 milhões por mês, deve crescer após o pagamento do reajuste parcelado do salário dos servidores, que não está incluso no balanço atual.

Concurso na área da saúde

Mesmo com os gastos na folha crescendo, o prefeito Udo Döhler vê necessidade de abrir concurso público para repor vagas abertas nas secretarias da Saúde e da Educação.

-Teremos que operar alguns milagres até o fim do ano para conseguir segurar a sangria dos cofres municipais. É impossível diminuir os gastos em salário, então temos que melhorar o desempenho dos servidores -, comenta.

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