As despesas da bancada catarinense na Câmara Federal chegaram a quase R$ 4,9 milhões em 2012. O valor supera em 11,3% os R$ 4,4 milhões do ano anterior. Levantamento do Grupo RBS, com base nos dados do Portal da Transparência da Casa, aponta que os maiores gastos de verba indenizatória foram com manutenção de gabinete (R$ 1,7 milhão), passagens aéreas (R$ 952,2 mil) e divulgação (R$ 715,2 mil).

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Em 2011, os deslocamentos pesaram mais na conta. Os reembolsos estão previstos na Cota para Exercício da Atividade Parlamentar, verba usada para custear os mandatos. Comparando os 17 deputados, entre titulares e suplentes, que passaram pelo Congresso em 2012, o campeão de gastos foi Celso Maldaner (PMDB), que empregou R$ 354,7 mil, quase o total do valor disponível.

O peemedebista credita as despesas ao tamanho de sua base, visitada periodicamente.

– Fiz votos em 267 municípios, já viabilizei recursos para 159. Ando muito. Só nos últimos três anos, percorri mais que 350 mil quilômetros em Santa Catarina – argumenta.

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Os deslocamentos pelo Estado representam uma despesa alta. No caso de Luci Choinacki (PT), os R$ 109,6 mil usados na locação de veículos significaram quase um terço do total gasto por ela no ano.

A parlamentar esclarece que tem eleitores distribuídos por todo o mapa catarinense e que destinada o mandato ao trabalho, principalmente, com pequenos agricultores, o que eleva os custos de locomoção.

– O trabalho de visitas é fundamental é ele que me baseia. Essa é a missão que a gente trabalha para cumprir o mandato – afirma Luci.

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O investimento em divulgação também pesou no balanço da bancada, que consumiu R$ 715,2 mil. Quem mais usou a cota para esse fim foi Décio Lima (PT), com R$ 127,3 mil. Ele classifica o ano como atípico por ter coordenado o Fórum Parlamentar Catarinense.

– Reunimos os 16 deputados e os três senadores no fórum. Cuidei da agenda política do Estado, o que impõe atividade de divulgação maior – afirma Décio.