Os gastos com habitação, alimentos, educação e cuidados pessoais puxaram a inflação de Florianópolis para cima, e em agosto a capital catarinense voltou a ter o segundo maior índice entre 17 capitais, considerando a inflação acumulada nos últimos 12 meses. No mês passado, a Capital estava na terceira colocação da lista.
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A inflação em Florianópolis é medida pelo Índice de Custo de Vida (ICV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), calculado mensalmente pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag). Entre agosto de 2023 e agosto de 2024, o índice ficou em 5,08%, atrás apenas de Belo Horizonte (MG), que registrou 5,89%.
Pela primeira vez no ano, inflação cai 0,02% no mês de agosto
Considerando apenas a variação dos preços ao longo de 2024, a inflação de Florianópolis também subiu do quarto para o terceiro lugar, com 3,76%. Neste critério, fica atrás de São Luís (MA) (4,18%) e da capital mineira, Belo Horizonte (4,04%).
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A inflação, no entanto, está em queda em Florianópolis, com agosto registrando o menor índice do ano na Capital, com 0,32%. Mesmo assim, o ritmo destoa das demais capitais, cuja inflação é calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As outras 16 cidades analisadas tiveram índices menores no mês, e metade delas teve deflação.
Índice
- Belo Horizonte (MG) – 5,89%
- Florianópolis (SC)* – 5,08%
- São Paulo (SP) – 4,61%
- Brasília (DF) – 4,54%
- São Luís (MA) – 4,50%
- Campo Grande (MS) – 4,34%
- Rio de Janeiro (RJ) – 4,25%
- Brasil – 4,24%
- Fortaleza (CE) – 4,23%
- Grande Vitória (ES) – 4,15%
- Belém (PA) – 3,87%
- Goiânia (GO) – 3,84%
- Rio Branco (AC) – 3,83%
- Aracaju (SE) – 3,76%
- Salvador (BA) – 3,69%
- Porto Alegre (RS) – 3,47%
- Curitiba (PR) – 2,95%
- Recife (PE) – 2,76%
*Inflação medida pelo ICV/Udesc Esag, com a mesma metodologia do IPCA/IBGE, usado para as demais capitais e para o índice nacional.
O que impacta na inflação em Florianópolis
Em Florianópolis, os preços ligados à habitação foram os que mais puxaram a inflação local para cima, subindo 7,67% em 12 meses. Neste caso, pesaram as despesas com reparos de imóveis, especialmente a mão de obra (31,8%), e materiais como azulejos e pisos (26,6%).
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A alimentação (6,51%), despesas pessoais (6,27%) e educação (5,54%) também colaboraram para alta na inflação. Somados à habitação, esses grupos juntos são responsáveis em média, mensalmente, por pouco mais de 40% dos gastos das famílias, segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE.
Em um ano, dois alimentos praticamente dobraram de preço: a batata inglesa teve aumento de 100% e a cebola de cabeça, de 92,6%. Entre as frutas, o destaque é o morango (48,1%), terceiro maior aumento do grupo Alimentação e Bebidas.
Outros grupos ficaram abaixo do índice de inflação, como os transportes (4,39%), artigos de residência (3,88%), saúde e cuidados pessoais (3,78%) e serviços de comunicação (2,31%). Já os artigos de vestuário ficaram mais baratos nos últimos 12 meses (-2,26%).
Florianópolis vai na contramão das outras capitais
Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 4,5% para 4,24% (entre agosto de 2023 e agosto de 2024). Com isso, a diferença de Florianópolis para o IPCA nacional também aumentou, de 0,73 para 0,84 pontos percentuais.
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A inflação local ficou, novamente, acima de grandes cidades como São Paulo (4,61%), Brasília (4,54%) e Rio de Janeiro (4,25%), e bem mais alta que das demais capitais sulistas: Curitiba (PR) teve o segundo menor índice da lista (2,95%) e Porto Alegre (RS), o terceiro menor (3,47%). Ambas registram inflação mais alta apenas que Recife (PE), onde os preços subiram 2,76% em 12 meses.
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