Desde o início da restauração da ponte Hercílio Luz, os gastos com a obra aumentaram 4%, o equivalente a R$ 11 milhões. Apesar de representarem despesas não previstas, não há possibilidade de faltar dinheiro no decorrer do trabalho, segundo o engenheiro do Deinfra responsável pela obra, Wenceslau Diottalevy. A possibilidade de surgirem custos adicionais conforme os técnicos avançassem na obra já tinha sido especificada em contrato.

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“As medições estão rigorosamente corretas, com as etapas respeitadas e os prazos em dia. Essas despesas surgem porque se trata de uma estrutura com algumas partes que nós nunca acessamos. Quando desmontamos um pedaço, por exemplo, podemos descobrir que a situação está pior do que o previsto, e isso gera despesas”, diz o engenheiro. Ele garante, no entanto, que essa possibilidade já estava prevista em contrato e há dinheiro suficiente em caixa.

A próxima etapa, prevista para começar entre janeiro e fevereiro do próximo ano, prevê a suspensão, por meio de macacos hidráulicos, do vão central da ponte. A etapa é uma das mais delicadas do trabalho e também a que vai causar grande impacto visual na estrutura, que ficará sem a parte inferior por onde, no passado, circulavam os veículos e pedestres.

O cronograma e o valor adicional foram apresentados durante visita de engenheiros de 26 estados brasileiros, que vieram à Florianópolis nesta segunda-feira para conhecer o trabalho de restauração que está sendo feito pela empresa portuguesa Teixeira Duarte. Ela foi contratada com dispensa de licitação pelo Governo do Estado, com o aval do Tribunal de Contas e do Ministério Público de Santa Catarina.

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