Encher o tanque do carro com gasolina comum em Santa Catarina está custando, em média, R$ 40 a mais do que com o etanol, após o anúncio da mudança na política de preços anunciada pela Petrobras. O cálculo feito pelo NSC Total com base nos dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostra que o preço do primeiro segue mais atrativo para os consumidores. Entenda abaixo a relação de preço entre os combustíveis.

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A última pesquisa semanal da ANP, feita entre 14 a 20 de maio, mostrou que o preço médio de revenda da gasolina comum em Santa Catarina foi de R$ 5,66 o litro, enquanto do etanol, que é feito à base de cana ou de milho, foi de R$ 4,86.

Ao considerar um tanque com capacidade de 50 litros, o valor médio gasto para abastecer o carro na semana passada foi de R$ 283, para a gasolina, e R$ 243, para o etanol.

Para que o etanol seja considerado vantajoso economicamente, a ANP considera que ele deve possuir um preço equivalente a 70% do valor da gasolina nos postos, já que o poder calorífico do biocombustível é menor do que o derivado de petróleo. Quanto maior o poder calorífico, mais energia é contida nele e, consequentemente, maior o seu rendimento.

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Com base nos preços médios dos combustíveis na semana passada, o valor do etanol representava 85,8% da gasolina. Ou seja, bem acima do necessário para atrair o consumidor.

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Competitividade por estado

O etanol ficou competitivo em relação à gasolina no Amazonas e em Mato Grosso na semana entre 14 e 20 de maio. No restante dos estados e no Distrito Federal, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina.

Conforme levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas, no período, na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 73,08% ante a gasolina, portanto desfavorável em comparação com o derivado do petróleo. No Amazonas, a paridade estava em 69,97%. Em Mato Grosso, em 68,18%.

Apesar disso, executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, dependendo do veículo em que o biocombustível é utilizado. Essa mudança ocorre por conta da evolução do próprio etanol e dos motores.

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*Com informações de Estadão Conteúdo

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