Joinville registrou na manhã desta sexta-feira (11) falta de combustível e aumento no preço da gasolina, que passou dos R$ 7 em alguns pontos da cidade. Conforme o Sindipetro, cerca de 30 postos chegaram a ficar sem o produto na noite de quinta-feira (10), após motoristas formarem filas para abastecer. 

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O corre-corre iniciou depois do anúncio da Petrobras de novo reajuste no preço da gasolina e do diesel nas refinarias. De acordo com Luiz Amin, presidente do Sindipetro, a maioria dos postos de Joinville já recebeu combustível com preço elevado nesta manhã. 

Em um posto na região central da cidade, na Avenida Juscelino Kubitschek, a gasolina comum está custando R$ 7,39. Em outro local, na mesma rua, a comum estava em falta e a aditivada está sendo vendida a R$ 7,59. 

Nas regiões Sul e Leste da cidade, conforme apurado pela reportagem da NSC TV, a gasolina comum está sendo vendida a R$ 6,99, já a aditivada, a R$ 7,20. Apesar de menor, ainda há filas de motoristas e bombas sem abastecimento na cidade. 

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— A gente sabe que houve correria nos postos, muitos só estavam com a gasolina aditivada, tinha terminado a comum. Mas a partir das primeiras horas de hoje [sexta-feira], a base começou a funcionar às 6h em Guaramirim e os postos já estão sendo abastecidos — garante Luiz Amin. 

Procon de Joinville diz que não há ilegalidade

Por nota, o Procon de Joinville, via assessoria da prefeitura, afirmou que não existe nenhum tipo de tabelação de preços de combustíveis no país, assim, não existe ilegalidade no aumento dos preços, “sendo essa uma ação de livre mercado”. 

Nesta sexta-feira, o órgão de defesa do consumidor está fazendo pesquisas para auxiliar os motoristas na hora da compra e conduz uma nova pesquisa para auxiliar a população. 

Aumento impacta em outros setores

Luiz Amin explica que este aumento não é bom para nenhum setor, já que interfere diretamente em outras repartições como a alimentação, por exemplo, com preço do gás elevado. 

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O presidente do sindicato pontua que os aumentos podem ocorrer semanal, quinzenal ou mensalmente, isso varia conforme a avaliação do petróleo no mercado externo e do câmbio. No entanto, desta vez, o cenário é outro. 

— Com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o petróleo chegou chegou a atingir 130 dólares o barril e isso tem reflexo hoje para o consumidor final catarinense e do mundo todo. Esse aumento é mais em função da guerra do que da avaliação do cambio — define. 

Amin afirma que quem define o valor do aumento é a Petrobrás. Assim, o novo preço é repassado para a distribuidora que, consequentemente, repassa para o posto de gasolina revendedor até chegar ao consumidor final. 

O presidente ainda explica que o sindicato não interfere na questão do preço e que o revendedor, portanto, é livre para definir o valor conforme a necessidade. Por isso, há variação nos preços. 

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A recomendação é de que motoristas busquem postos de confiança e, antes de abastecer, pesquisem os preços. 

Por conta da incerteza do fim da guerra, Amin diz que ainda não é possível saber se haverá outros aumentos. Mesmo que o Brasil seja autossuficiente com relação a produção de petróleo e não dependa do produto que vem da Rússia, depende do refino de outros países do exterior. 

Durante a madrugada, o Senado aprovou o projeto que cria a conta de estabilização dos preços dos combustíveis, em uma tentativa de frear a alta dos produtos. A proposta ainda cria o auxílio-gasolina, uma espécie de “vale” nos valores de R$ 100 e R$ 300 para taxistas, mototaxistas e motoristas de aplicativos. Para Amin, a notícia soa de forma positiva.  

— O governo está sinalzando que será um imposto fixo, que não vai variar conforme o aumento. Isso é um bom sinal — destaca. 

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