As cidades da Grande Florianópolis são as que têm o preço médio da gasolina mais baixo de Santa Catarina de acordo com a pesquisa da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgada nesta sexta-feira (30). Biguaçu aparece em primeiro lugar com o preço médio de R$ 4,078, seguida por Florianópolis (R$ 4,082) e São José (R$ 4,083).
Continua depois da publicidade
Esta foi a quinta queda consecutiva no preço médio do combustível vendido em Santa Catarina e os motoristas já sentem a diferença no bolso. Só na última semana, a redução foi de R$ 0,05 nas bombas catarinenses.
Na Capital, a gasolina mais barata pode ser encontrada a R$ 3,75 o litro. O posto, na Avenida Mauro Ramos, no Centro, tem fi la todos os dias e é fácil de entender o porquê.
— Este é o posto mais barato. Da última vez que abastecia estava R$ 4,09 e agora tá R$ 3,75 — conta o aposentado Jair Trindade Luiz, de 63 anos.
— Quando abasteço já encho o tanque para aproveitar o preço e economizar, mas costumo não usar muito o carro, só quando preciso ir ao mercado, ir a algum lugar mais longe, viajar, porque é pesado usar o carro todo dia, gasta muito — diz.
Continua depois da publicidade
Dona Heloisa Campos, 73, já sentiu a diferença nos preços, mas gostaria que abaixasse ainda mais.
— Tem que fi car atento porque não são todos os postos que baixaram os preços e acho que deveriam baixar mais. A dica é pesquisar e encher o tanque porque a coisa não tá fácil, a gente não sabe o que vai vir por aí.
Safra da cana-de-açúcar ajuda a frear preços
Em outro posto da cidade, na Avenida Paulo Fontes, também no Centro, o seu Mauro Lisboa, 62, conseguiu abastecer por R$ 3,85 o litro.
— Diminuiu bastante, dá última vez estava R$ 4,19.
Segundo ele, mesmo assim tem que pesquisar, porque ainda há uma diferença grande de preço de posto para posto.
— Eu passei por aqui de manhã e vi que o posto estava mais barato do que aquele que eu geralmente abasteço, que tá R$ 4,19. O combustível sendo bom não dá para ter fidelidade, o importante é o preço, uma diferença de R$ 20 centavos em 50 litros é considerável.
Continua depois da publicidade
O recepcionista Iasser Stopassola, 31, vê uma grande diferença entre os preços das bombas entre o norte da Ilha, que são bem mais salgadas, e os do Centro, bem mais leves, e essa diferença impacta até nas horas de lazer.
— Eu tenho notado que tá fi cando cada vez melhor os preços, dá até para passear mais nos fins de semana porque tá sobrando gasolina para fazer outras coisas e não só trabalhar — diz.
Jonas Laerton Page, gerente de um posto de combustível, explica que essa diferença entre os postos pode variar conforme a companhia e o tempo que leva para a distribuidora repassar o novo preço aos postos.
— Cada companhia trabalha de uma forma diferente e o repasse depende da política da empresa e os postos ficam reféns disso. Por isso que acontece de alguns postos já terem baixado os preços e outros ainda não, eles nunca conseguem baixar os preços ao mesmo tempo.
Continua depois da publicidade
Jonas diz que não há como prever se o preço vai continuar caindo ou não. Segundo ele, existem outros fatores que influenciam o preço final, como a colheita da cana-de-açúcar, que aumenta a produção de etanol e ajuda a baixar o preço da gasolina.