O preço médio do litro da gasolina comum ultrapassa os R$ 6 no Oeste de Santa Catarina, segundo a pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgada nesta segunda-feira (30). O levantamento foi feito entre os dias 22 e 28 de agosto, em 20 cidades do Estado.

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O município com a gasolina mais cara é Concórdia, com uma média de R$ 6,07 o litro. A pesquisa, que foi feita em seis postos de combustíveis, apontou que o menor preço na cidade é de R$ 5,98, enquanto o maior é de R$ 6,19. 

Caçador, no Meio-Oeste, tem a segunda gasolina mais cara do Estado, se levar em conta o preço médio, com R$ 5,90. Já Biguaçu, na Grande Florianópolis, aparece na lista com a terceira maior média, com o combustível na faixa dos R$ 5,89. 

Em contrapartida, Itajaí, no Litoral Norte, é a cidade que possui o menor preço médio, com R$ 5,53. Ao todo, 10 postos do município participaram da pesquisa. No estabelecimento mais barato, a gasolina custava R$ 5,39, enquanto no mais caro o preço era de R$ 5,59.

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No Norte, Joinville é a que tem a menor média, com R$ 5,55, seguida de Jaraguá do Sul, com R$ 5,60. 

Em Florianópolis, a média de preço da gasolina comum foi de R$ 5,87. A pesquisa foi feita em 27 postos da Capital. Já em Blumenau, o litro custa, em média, R$ 5,69. 

Gasolina aditivada também ultrapassa os R$ 6 

Concórdia também é a cidade com a gasolina aditivada mais cara em Santa Catarina. Segundo o levantamento da ANP, o preço médio praticado nos postos do município é de R$ 6,13, Em seguida, Lages aparece com R$ 5,99 e São José com R$ 5,98. 

Já a gasolina aditivada mais barata foi encontrada em Itajaí, com preço médio de R$ 5,66. Jaraguá do Sul, com R$ 5,69, e Joinville, com R$ 5,73, ambas no Norte, também têm a média mais barata. 

Em Blumenau, a média de preço para o combustível foi de R$ 5,82. Já em Florianópolis, ele pode ser encontrado a R$ 5,90 o litro.

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Por fim, em relação ao diesel, Concórdia aparece mais uma vez com o maior preço médio: R$ 4,67. Já Tubarão, no Sul do Estado, tem o menor preço, com o combustível sendo vendido a R$ 4,34 em média. 

Preço do barril e variação do câmbio impulsionam a alta 

Segundo a economista e professora de economia e finanças públicas da Udesc, Ivoneti Ramos, são dois os fatores que impulsionam a alta nos preços dos combustíveis: a cotação do barril de petróleo e a variação da taxa de câmbio.

— No caso do barril, ele vem sofrendo uma pressão de demanda, devido à retomada das economias. Só neste ano, a alta foi de 37%, o que é bem siginificativo. Já em relação à taxa de câmbio, foi uma oscilação bem significativa nesses últimos meses, com a política monetária restritiva e o aumento da taxa básica de juros — pontua. 

Ela explica que, por conta desses fatores, é próvavel que se tenha outros aumentos de preços nos próximos meses, o que pode impactar diretamente também no preço de outros produtos.

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— Essa alta nos derivados impacta nos custos dos demais produtos. Além da gasolina, tem o aumento do diesel, que impacta nos custos dos frete, e o gás de cozinha. Somado, isso tudo afeta demais nos preços — enfatiza.

Por isso, a economista diz que, com a alta, a melhor maneira é encontrar formas de economizar para evitar o endividamento:

— É importante ficar de olho nas pesquisas e ver o que dá para substituir, adotar o sistema de caronas. O importante é não se endividar.

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