Gasolina atinge preço médio mais alto desde 2001 em Joinville

O valor médio da gasolina atingiu recorde histórico neste mês em Joinville. Levantamento mensal realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que a média atual é de R$ 4,236 por litro, sendo a mais alta desde 2001, quando o órgão começou a realizar as pesquisas de preços.

Os dados parciais de outubro mostram que a variação do preço chega a R$ 0,26. Isso significa que o consumidor poderia economizar R$ 13 para encher um tanque de 50 litros, dependendo do estabelecimento em que abastecer o veículo. O valor mais alto encontrado pela ANP foi de R$ 4,399, enquanto o mais baixo foi de R$ 4,139.

O preço médio atual da gasolina representa um aumento de 16,7% em relação aos valores encontrados nas bombas no mesmo período do ano passado. Já quando a ANP começou a realizar os levantamentos, o combustível era vendido, em média, a R$ 1,71 em Joinville. O preço mais barato era de R$ 1,58.

Preço também bateu recorde em Santa Catarina

Nos dados estaduais, o valor médio da gasolina também atingiu o recorde histórico, alcançando a parcial de R$ 4,337 por litro em outubro, segundo o levantamento mensal da ANP. No mesmo período do ano passado, o combustível era vendido a R$ R$ 3,711, em média, enquanto em 2001 o valor chegava era de R$ 1,703.

Gasolina deve continuar subindo, diz sindicato

Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro), a alta do barril de petróleo e do dólar impactaram nos preços nas bombas. A entidade também acredita que os aumentos devem continuar até o fim do ano também por causa do período entressafra do etanol, que corresponde a 27% da gasolina.

Um dos fatores para o aumento do valor do petróleo foi a mudança na política da Petrobras, em julho do ano passado. Desde então, a estratégia da estatal é de corrigir todos os dias o preço da gasolina nas refinarias com base no valor do mercado internacional. Além disso, a inflação também ajuda a ter os reajustes.

Anteriormente, o governo federal interferia no preço da Petrobras, congelando os valores e impedindo as variações constantes em todo o país.