As reclamações viraram parte da rotina de Fabio Forbici no último mês e se tornaram até ameaças de agressão contra ele. Consumidores falando que o preço seria um roubo. Ele é entregador de gás liquefeito de petróleo (GLP) – o gás de cozinha – e foi para muitos o responsável por dar a notícia de que, após ter o preço congelado em 2002, o combustível doméstico aumentou em torno de 15%, gerando diferença superior a R$ 10 em cada botijão – dependendo de quem revende. O reajuste da Petrobrás em setembro havia afetado somente o botijão P13, o tamanho mais comum usado em residências, mas um novo reajuste afetou todos os modelos, afetando condomínios e restaurantes.
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De acordo com um levantamento feito pela reportagem do Santa , o valor médio do botijão P13 em Blumenau é R$ 66 depois do aumento, com alguns locais chegando a cobrar R$ 70. Antes do reajuste da Petrobrás, a média era de R$ 53. Já o botijão P45, o mais comum para uso de condomínios e restaurantes, que ficava na faixa de R$ 225, já chega a custar R$ 255 em algumas distribuidoras.
Junto aos aumentos recentes nas tarifas de energia elétrica, água e até outros combustíveis como gasolina e diesel, o aumento do gás gera um peso extra na conta do fim do mês. Usando um botijão por mês, a diferença passa de R$ 160 no fim do ano.
– Aqui em casa somos em duas pessoas e cozinhamos todo dia no almoço e na janta. Um botijão dura cerca de um mês e meio. Parece pouco, mas é uma diferença que pesa no orçamento e que é difícil de evitar – diz Carlos Henrique, 22 anos, morador da Itoupava Central.
Para o gerente de uma padaria e restaurante em Blumenau, Anderson Bublitz, o aumento ainda não reflete no preço dos produtos, mas o uso do gás em grande quantia representa um pedaço importante das contas:
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– Mudamos do botijão P45 para tanques a granel. O reajuste não entrará nos produtos.