O surfe brasileiro é unanimidade no mundo inteiro. Todos os anos o verde, azul e amarelo aparece em destaque nas principais competições da Liga Mundial de Surfe (WSL) graças a Brazilian Storm, a tempestade brasileira que tomou conta do circuito ainda em 2011. De lá para cá, os atletas tupiniquins quebraram barreiras e permitem que jovens atletas possam trilhar os mesmos caminhos.
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A etapa classificatória da América do Sul que acontece desde quinta-feira, dia 21, em Garopaba, traz alguns nomes que já estão conquistando espaço e buscam se firmar na elite mundial do esporte. É o caso de três catarinenses: Lucas Vicente, campeão mundial do último Pro Junior sub-18 em 2019; Tainá Hinckel, bicampeã sul-americana Pro Junior Sub-18 em 2016 e 2019, e Laura Raupp, que vai estrear no Campeonato Mundial da atual temporada.
A atual geração é fruto tempestade iniciada há alguns anos. O manezinho da ilha Lucas Vicente disputou o Mundial masculino da última temporada aos 21 anos e conta que é um dos muitos influenciados por Adriano de Souza, Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e companhia.
– Antes essas competições pareciam muito distantes e eles mostraram que não é algo inalcançável. Agora a gente possui espaço lá fora e recebe mais visualizações por conta de tudo que eles fizeram. Eles são o nosso espelho – conta.
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Assim como iniciaram jovens a praticar nas ondas, também vieram cedo as competições e as responsabilidades que uma carreira no esporte exige. Laura Raupp ainda está no 2º ano do ensino médio e precisa conciliar os estudos com os treinos e campeonatos.
Tainá também passa por essas obrigações. Mas a surfista de 18 anos diz que não existe uma regra e nem uma fórmula certa:
– O surfe faz parte da minha educação e crescimento. Nasci na Guarda do Embaú e já viajei o mundo atrás de ondas e competições. Cada experiência me ensinou muito e me tornou quem eu sou – diz a atleta.
Como os três disputam campeonatos profissionais, o esporte ocupa boa parte da rotina diária. Muito além de estar “curtindo uma onda na praia”, eles fazem treinos intensos tanto dentro, quanto fora do mar. Ainda é preciso fazer análises em vídeos para corrigir os movimentos em cima da prancha e até a alimentação precisa ser controlada para manter e melhorar o alto rendimento.
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Em meio a tanta responsabilidade precoce surgem os diferentes tipos de pressões. Saber lidar com a frustração de não conquistar um título ou uma vaga, além das diversas autocobranças por seguir melhorando nem sempre é fácil de lidar e muito menos quando se é jovem.
– Com certeza é difícil de lidar sabendo que muita gente aposta em você, mas ao mesmo tempo significa que existe um trabalho envolvido. A saúde mental é importante para saber lidar com esses momentos – explica Lucas.
Garopaba recebe torneio classificatório para elite
Está acontecendo, desde quinta-feira, dia 21, e até domingo, dia 24, a 2ª etapa da classificatória sul-americana da Liga Mundial de Surfe (WSL) na Praia da Ferrugem, em Garopaba. O evento abre o Circuito Banco do Brasil, que soma pontos para o ranking regional do esporte e leva os melhores classificados para o Challenger Series do ano que vem, único caminho para chegar no Campeonato Mundial.
Esta é a primeira etapa no Brasil da temporada 2022/2023 da WSL e reúne cerca de 130 atletas entre homens e mulheres para a estreia da Ferrugem em um torneio internacional. Nomes como Peterson Crisanto, Alex Ribeiro, Willian Cardoso, Felipe Vicente e Raoni Monteiro estão presentes para a disputa entre os homens, além de Sol Aguirre, Arena Rodriguez Vargas, Tainá Hinckel, Laura Raupp e Daniella Rosas no feminino.
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Quem está ansioso é Lucas Vicente. O atleta de 21 anos já venceu torneios catarinenses no local e espera levar o primeiro troféu da etapa para casa:
– A Praia da Ferrugem possui ótimas ondas e bem consistentes. Quase sempre tem onda por aqui, então com certeza vai ter muito show de surfe. Estou treinando bastante e é quase minha casa, já que moro há 1h de distância. Seria perfeito ganhar o troféu no local – disse Lucas.
*Texto de Eduardo Garcia.
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