Da arrancada do campo de defesa, um marcador é deixado pelo caminho, perdido na disparada. Ao adentrar a área adversária, um corte simples tira da ação outro jogador do rival. O goleiro, último no caminho da bola com a rede, é superado com o chute forte, cruzado e preciso. Assim, sozinho, Robinho fez o gol que abriu o caminho para o 2 a 1 do Figueirense sobre o Brasil-RS, a última vitória alvinegra na Série B do Campeonato Brasileiro. O jogador de 22 anos não poderia passar despercebido em jogada individual que termina em golaço. E não passa.
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Desconhecido, jovem e oriundo de clube que disputou a terceira divisão do Campeonato Paulista, Robinho poderia ter seu nome perdido entre os 15 que o Figueira contratou entre o término do Catarinense e início da Segundona. Porém, titular logo na estreia, teve atuação destacada, no 1 a 0 sobre o Goiás. Na partida seguinte, um golaço sobre o Náutico — nos mesmos moldes do anotado em Pelotas — reforçou o desempenho. Mesmo na sequência de oito jogos sem vencer, não decepcionou e marcou mais alguns dos seis que tem neste momento, o vice-artilheiro da equipe, com dois a menos que Henan.
Uma aposta certeira que pode render ao Figueirense mais que bola na rede. Robinho entrou na mira de outros clubes porque seu futebol alia duas características que pouco se encontra em um atacante para atuar pelos lados de campo no Brasil: velocidade e poder de finalização. Tanto que times do exterior chegaram a consultar o Figueira sobre o atacante. Do país, equipes da Série A também têm interesse no jogador.
O Fluminense, no momento, demonstra ser o clube com maior desejo de contar com o atleta, para repor uma possível venda do atacante Richarlison. Porém, o superintendente de futebol do Alvinegro, Carlos Arini, assegura que não há negociação em curso com algum clube. Representante do jogador, Mário Marcondes, pretende se reunir com cartolas do Flu para receber uma proposta formal.
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O jogador recebeu valorização dentro do clube e as atuações dele com a camisa preta e branca fazem com os dirigentes tenham como prioridade a aquisição de percentual dos direitos do atleta, com preço fixado em contrato, ao exercer a preferência que tem o Figueirense no empréstimo com o Atibaia. Os valores são mantidos em sigilo, mas o Alvinegro pode receber em uma negociação futura mais do que pagaria por parte do jogador.
A opção de compra será exercida, mais cedo ou mais tarde. Algo que parece tão certo quanto à negociação do atleta para outro clube. É questão de tempo, mas o Figueirense espera que o acordo permita que o jogador pelo menos termine a Série B com a veste preta e branca.
Robinho foi garimpado ao Figueira por Carlos Arini. Atento aos campeonatos das quatro divisões do futebol de São Paulo, o superintendente viu o jogador ainda no ano passado, quando defendia o Mirassol. No começo desta temporada, Atibaia foi um dos destaques. É também no Figueirense e ainda pode ajudar na luta contra o rebaixamento e nos cofres.
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