O que há apenas dois anos era um sonho distante e parecia impossível agora está cada vez mais perto de se tornar realidade. Ao garantir o retorno à série A do Campeonato Catarinense, de onde saiu em 2002, o Inter de Lages busca voos mais altos.

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E mesmo antes de terminar a série B, da qual pode ser campeão por estar garantindo na final, o clube já traçou suas principais metas para 2015: fazer uma boa campanha para se manter na elite estadual e conquistar uma vaga no Campeonato Brasileiro.

O gerente de futebol do Inter, Nasareno Silva, conta que quando retornou ao clube em 2013 para disputar a série C estadual como técnico – também como treinador do Leão Baio ele conquistou a segunda divisão em 1990 – estabeleceu um projeto: em três anos, passar da série C do Campeonato Catarinense para a série C do Campeonato Brasileiro.

Parte dos planos foi concretizada, e o Inter disputará a série A estadual em 2015. O trabalho agora será no sentido de consolidar o clube na competição e buscar uma vaga na série D do Brasileirão.

Mais que isso, a proposta é conquistar novo acesso e disputar, já em 2016, a série C do campeonato nacional.

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– Garantimos o retorno à elite estadual na quarta rodada do quadrangular final, e isso nos dá pelo menos 30 dias para antecipar o projeto. Teremos muito trabalho pela frente, mas estou confiante que conseguiremos alcançar os objetivos maiores -, diz Nasareno.

Athos, que tem família em Lages, quer ficar no Inter. Foto: Jocimar Soares

Do atual elenco, que conta com o goleiro Pablo, o atacante Alê Menezes e o meia Athos, considerados os três heróis do acesso, o gerente de futebol do Inter diz que todos os jogadores têm potencial para disputar a primeira divisão.

A permanência de qualquer um deles dependerá das negociações. Nasareno Silva sabe que o custo do clube no mínimo dobrará para alcançar os seus objetivos. De uma folha salarial na casa dos R$ 40 mil mensais na série C em 2013 para R$ 150 mil na série B em 2014, o Inter precisará de pelo menos R$ 300 mil por mês na série A em 2015.

A cota de TV, segundo o gerente de futebol, renderá ao clube aproximadamente R$ 200 mil para todo o campeonato, numa média de R$ 50 mil por mês. Por isso, já nesta semana a diretoria iniciará as buscas por investimentos para renovar contratos e trazer reforços.

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– O clube que está subindo da série B para a A, como é o caso do Inter, recebe a cota de TV mais baixa do campeonato. E esse valor será a nossa menor receita. Mas a visibilidade da série A gera maiores fontes de recursos, principalmente a bilheteria, e atrai investidores.

Ídolos como o goleiro Pablo dependem de negociação. Foto: Nilton Wolff

Ao fim do jogo em que o Inter venceu o Camboriú por 2 a 0 e garantiu o acesso, sábado à noite, no Estádio Municipal Vidal Ramos Junior, em Lages, o goleiro Pablo e o atacante Alê Menezes falaram em tom de despedida, mas não deixaram claras as suas situações.

– Fico feliz pela alegria que consegui dar ao povo de Lages. Saio de cabeça erguida e agora vou traçar o melhor caminho para a minha vida -, disse Pablo.

– Independente do que acontecer, vou continuar torcendo pelo Inter -, completou Alê.

Alê Menezes é o artilheiro do Inter na competição. Foto: Nilton Wolff

Já o meia Athos, de 34 anos e considerado uma das maiores contratações do clube em 65 anos de história, havia dito há duas semanas na chegada a Lages, onde vive boa parte da sua família, que o seu principal objetivo é disputar a série A do Catarinense em 2015. Ele garantiu que pretende continuar no Inter.

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– A família do meu pai vive em Lages, meus pais moram em Imbituba e no futebol a gente fica muito tempo longe de quem ama. Gostei da cidade e do clube, e tenho interesse em continuar. Mas antes preciso ajudar o time a conquistar o título da série B estadual.