Além de museus e salas institucionais, onde obras de artes podem ser comumente apreciadas, outro tipo de espaço se presta a atender àqueles que colecionam ou simplesmente desejam levar as peças para casa. Em Florianópolis, o mercado de arte encontra em seis galerias e escritórios seus principais representantes.
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São estabelecimentos que, por princípio, utilizam a palavra arte para descrever o produto que oferecem, além de estarem integralmente voltados para esse ramo de atividade. Cada um com uma proposta diferente dos demais, esses poucos, porém importantes, espaços simbolizam o universo da arte orientada para o circuito comercial na Capital catarinense.
Beatriz Telles Ferreira – Av. Rio Branco, 967 loja 2 – Fone: (48) 3224-1428
Uma das mais antigas galerias de Florianópolis, com mais de 30 anos no mercado, a Beatriz Telles passou mais de duas décadas se dedicando exclusivamente à arte. De sete anos para cá, diante dos pedidos dos arquitetos, a loja começou a abrigar também objetos de decoração e presentes _ artigos em geral como faqueiros, louças e espelhos. No espaço, as paredes são tomadas pelas telas, enquanto o vão central é ocupado pelas demais peças. A galeria trabalha com artistas brasileiros consagrados como Fukuda, Paulo Marinho, Raquel Taraboreli e Juarez Machado, além de buscar também novos talentos. No site da galeria, é possível conferir o acervo completo das obras e, em alguns casos, encomendar os quadros em versões adaptadas, com outros tamanhos.
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– Escolhemos os artistas com quem vamos trabalhar a partir dos currículos que recebemos, que passam por um crivo no sentido de pensar no nosso cliente. Alguns trabalhos são tão específicos que não funcionam – explica a galerista e colecionadora.
Aberto ao público: sim
Horário: de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 18h30; sábado das 9h às 13h.
COR Galeria de Arte – SC 401, 7135 – Fone: (48) 3232-5620
Criada em 2007 pela arquiteta Marina Baldini, a COR alia espaço expositivo e escritório de arte. O foco da galeria são os artistas contemporâneos, com uma boa entrada em arte urbana com influência das ruas. A maior parte do acervo de mais de 200 obras é composto por telas, mas também é possível encontrar múltiplos, objetos de cerâmica e fotografias com intervenções. De tempos em tempos, são inauguradas mostras individuais no espaço anexo ao escritório – a última, de Giba Duarte, teve curadoria de Fernando Boppré. Segundo a proprietária, que representa artistas como Viti (foto) e Nestor Junior, a escolha dos trabalhos se dá por várias formas: comprometimento do artista com a qualidade e evolução do trabalho, ao longo do tempo, são essenciais.
– Vejo a arte como patrimônio, por isso só vender não basta. Apesar de existir mercado para todo tipo de trabalho, entendo que o mercado não pode ser o regulador da arte – diz Marina.
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Aberto ao público: sim
Horário: de terça a sexta-feira, das 14h às 19h, e sábado, das 11h às 15h.
Galeria de Arte 1760 – Av. dos Buzios, 1760, Jurerê – Fone: (48) 3282-1272
Durante três anos, Elaine Dobes avaliou a possibilidade de montar uma galeria de arte no bairro de Jurerê – área residencial nobre e principal reduto do turismo de alto consumo da Capital – e chegou à conclusão de que havia mercado. O público local aliado ao intenso fluxo de pessoas que visitam a praia do bairro pareceu um bom nicho para a divulgação e o comércio da arte. Inaugura em janeiro de 2012, a Galeria representa artistas e também realiza exposições individuais. Na curadoria do espaço, a proprietária conta com o auxílio do filho, o artista plástico Guilherme Dobes.
– A ideia é proporcionar uma vitrine diferenciada, com espaço para exposição. Minha mãe faz o serviço pedagógico, de acompanhar as pessoas e explicar os trabalhos, prestando também consultoria – explica Guilherme.
Aberto ao público: sim
Horário: de segunda a sábado, das 14h às 23h.
Helena Fretta – Rua Presidente Coutinho, 532 – Fone: (48) 3223-0913
A galeria atua há 30 anos no mercado catarinense, sob o comando da marchand e ex-professora de artes que dá nome ao espaço, e trabalha com pinturas, desenhos, esculturas e fotografias. No local é possível não apenas adquirir as obras, mas contratar serviços de assessoria e de avaliação. Além de manter no acervo trabalhos de artistas consagrados, a proprietária diz que também procura investir no lançamento de novos nomes _ foi uma das apoiadoras de Beta Manfroni no início da carreira, por exemplo. O banco de obras é hoje composto por peças de mais de 60 autores, entre contemporâneos e não, de Santa Catarina e de fora. Hassis, Meyer Filho, Calasans Neto, Schwanke, Dirce Pippi, Silvio Pleticos, Martinho e Rodrigo de Haro estão entre os pintores cujas obras podem ser vistas e adquiridas. A galeria também aceita e comercializa obras de espólio.
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– Trabalhar com arte é um idealismo maior que tudo. Muitas pessoas gostariam de atuar neste meio, mas só com os anos de pesquisa e de entendimento do cenário é possível. Deve-se pensar no longo prazo – aconselha Helena.
Aberto ao público: sim
Horário: de segunda a sexta, das 9h às 18h30, e sábado, das 9h às 13h.
Helena Neckel – Rua Papa João XXIII, 261, bairro Itaguaçu – Fone: (48) 3249-0737
A proposta da galeria é aliar arte contemporânea, decoração e arquitetura. Para a proprietária, Helena Neckel, boa parte do público está interessada em adquirir objetos com ênfase na estética e no casamento com os demais elementos decorativos dos espaços onde ficarão expostos. Por isso, a galeria funciona apenas com o intermédio de profissionais de arquitetura. Com o auxílio da galerista, são desenvolvidos projetos específicos para os clientes, aliando esculturas e livros, por exemplo, à arquitetura. Atualmente, o acervo é composto por mais de 400 itens – a maior parte vindos de São Paulo, mas também há peças de Portugal, Itália e Rússia. Amílcar de Castro, Volpi e Coletivo Híbrido são alguns dos nomes que podem ser encontrados entre os objetos disponíveis para compra.
– A arte se popularizou, está mais democrática, as pessoas têm mais acesso. Além disso, é preciso criar uma cultura de arquitetura na cidade – defende a galerista.
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Aberto ao público: não
Myrine Vlavianos – Rod. Dr. Antonio Luiz Gonzaga, 383 casa 24 – Fone: (48) 3232-2234
O foco do escritório é representar artistas contemporâneos, sobretudo brasileiros, e comercializar seus trabalhos. Ex-sócia da Multipla de Arte em São Paulo e atuando no mercado de arte há quase duas décadas, Myrine Vlavianos resolveu montar o próprio negócio há pouco mais de um ano, em Florianópolis. Na sala, localizada no piso térreo de uma casa no bairro Porto da Lagoa, ela mantém pinturas, gravuras, fotografias e relevos de nomes como Marcos André, Filipe Berndt, Rodrigo Cunha (foto), Nelson Screnci, Silvia Carvalho, Letícia Cardoso e Paulo Greuel. Os trabalhos vão do figurativo ao conceitual. Para Myrine, o importante é representar o artista e ampliar a visibilidade da obra.
– A venda é consequência desse trabalho de inserir o artista no circuito – explica Myrine.
Aberto ao público: sim, mediante agendamento