As ocorrências de furtos, roubos e saques de cargas tiveram queda de 70% em Santa Catarina em 2019, na comparação com o ano anterior. Em 2019, foram 60 ocorrências, enquanto em 2018, foram 198.
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As estatísticas feitas pela Polícia Civil foram apresentadas nessa segunda-feira (1°) por meio de videoconferência à Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fretrancesc).
A polícia caracteriza como saque o crime de roubo de mercadorias. Esse roubo é a subtração de um bem com ameaça à vida e o furto quando há subtração sem violência.
Para o presidente da Fetrancesc Ari Rabaiolli, essa redução no número de crimes é fruto de um somatório de esforços, do estado e da iniciativa privada.
– Em 2018, entrou em vigor um projeto (em SC) que cancela a inscrição estadual do receptador (de cargas roubadas). Criamos também a delegacia especializada em roubo de cargas em Santa Catarina. Hoje, tem um delegado e uma equipe de agentes que cuidam exclusivamente do assunto. Nessa parceria, doamos três viaturas para a Polícia Civil – enumerou.
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Avaliadas entre R$ 250 mil e R$ 1,5 milhão, as cargas de carne destinadas à exportação pelos portos do estado, são as mais visadas pelos criminosos. As cargas de cobre, que chegam ao estado para serem transformadas pela indústria, avaliadas a partir de R$ 1 milhão, também podem ser alvo dos criminosos, conforme Rabaiolli.
– No Brasil, em 2019, foram subtraídos R$ 1,4 bilhão em roubo de cargas. Uma carga roubada acaba não tendo seus impostos recolhidos, quem recepta coloca no estoque sem registro e vende sem nota. Então, a sociedade acaba tendo um prejuízo muito grande – avaliou.
Segundo o presidente da Fetrancesc, em um grupo de WhatsApp, que reúne empresários de transporte de Santa Catarina e os 13 presidentes vinculados à Fetrancesc, os crimes podem ser denunciados em tempo real à polícia que dá início à investigação.