O furto de uma carga de telhas avaliada em R$ 200 mil de um galpão em Araquari levou a Polícia Militar a um escritório de falsificação de documentos onde eram aplicados golpes de seguro-desemprego localizado na zona Sul de Joinville. Três homens foram presos na manhã desta terça-feira (25) por suspeita de envolvimento nos crimes. Entre eles, pai e filho. 

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A partir do registro de boletim de ocorrência do furto, que aconteceu no final da tarde de segunda-feira (24), a PM identificou o caminhão que supostamente teria feito o transporte da mercadoria, cujo dono era morador do bairro Itinga, em Joinville. 

Com apoio da base de Araquari, os policiais foram até a casa desse motorista, que relatou ter sido contratado por dois homens para fazer o serviço. Ele informou aos policiais a placa e a cor do carro utilizado pelos suspeitos — que eram o pai, de 57 anos, e o filho, de 23. Eles foram abordados na Rua Waldemiro José Borges. 

O pai disse à PM que sabia o motivo da abordagem e, sem resistir, informou que as telhas foram deixadas em um terreno na Rua Tibério Ferrari. No local, a polícia encontrou a carga de zinco que havia sido furtada.

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Em conversa com o prorietário do terreno, que, segundo os policiais, colocava parte do material em um telhado nos fundos da casa, ele alegou que comprou a mercadoria do jovem de 23 anos por meio de permuta pela compra de um veículo Ford Fusion, além disso, ele alegou ter pago mais R$ 20 mil em dinheiro.

Durante buscas no imóvel, a polícia encontrou um prédio anexo, que, segundo relato do pai e do filho, funcionaria um escritório onde o dono confeccionava registros falsos em carteiras de trabalho para receber o seguro-desemprego de forma irregular. 

No local, a PM ainda encontrou diversas armas de fogo e munições, caixas de remédios tarja preta, aparelhos celulares, computadores e mais de R$ 1 mil em espécie com indícios de falsificação. 

O pai, o filho e o dono do imóvel foram presos e encaminhados para a Central de Polícia, assim como o caminhoneiro, que será ouvido como testemunha. A Polícia Civil deve prosseguir com as investigações para saber se o homem de 57 anos e o filho, de 23, tiveram envolvimento com o roubo ou apenas com a receptação da carga. 

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Os suspeitos podem responder por receptação, posse ilegal de arma de fogo, falsificação de documento público e, também, pelos medicamentos de procedência desconhecida que foram apreendidos no local. 

Documentos falsos encontrados no escritório
Documentos falsos encontrados no escritório – (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
Remédios tarja preta de procedência desconhecida foram localizados no local
Remédios tarja preta de procedência desconhecida foram localizados no local – (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
Carga de telhas de zinco foi recuperada
Carga de telhas de zinco foi recuperada – (Foto: Polícia Militar/Divulgação)

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