A Furb vai conhecer na madrugada de amanhã o nome do novo reitor que ficará à frente da universidade pelos próximos quatro anos, de fevereiro de 2019 até fevereiro de 2023. O segundo turno da eleição para a reitoria ocorre hoje, das 8h às 22h, nos quatro campi da instituição.
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A disputa se concentra entre a chapa 1, liderada pelo professor Everaldo Artur Grahl, e a chapa 3, que tem à frente a professora Márcia Cristina Sardá Espíndola. Os dois candidatos disputam o voto de pelo menos 9 mil pessoas ligadas à universidade – são 8,3 mil estudantes e 1,1 mil servidores e professores. A votação é feita em cédulas de papel lidas por escâneres de alta precisão. A previsão é de que o resultado final saia por volta das 2h da madrugada.
No primeiro turno, realizado em 2 de outubro, Everaldo ficou à frente, com 35,17% dos votos, seguido por Márcia, com 26,98% da preferência dos eleitores. Dos dois candidatos que ficaram de fora da disputa do segundo turno, o professor Valmor Schiochet diz que a chapa discutiu e decidiu recomendar voto na chapa 3, de Márcia. O grupo de Udo Schroeder, que é o atual vice-reitor da Furb, eleito na chapa do reitor em exercício João Natel, optou pela neutralidade.
O candidato Everaldo diz que a ideia é manter a liderança do primeiro turno aproveitando a presença da comunidade, que de acordo com ele está mais interessada em se aproximar da universidade. Graduado em Computação, ele é mestre em Engenharia de Produção e professor da Furb há 27 anos. Foi diretor do Centro de Ciências Exatas e Naturais durante quatro anos e há seis é presidente da Fundação Fritz Muller (FFM), instituição criada por educadores da universidade para ter uma aproximação maior com o mercado. Se eleito, pretende ter como prioridade a saúde financeira da instituição.
– O controle permanente das contas e a diversificação das fontes de receitas. O modelo de dependência da mensalidade não se sustenta e é preciso buscar outras opções, como fundações e até empresas, modelos alternativos. Além disso, pretendemos criar a cultura do planejamento de liderança para criar engajamento que ajude a universidade a superar esse momento difícil – avalia.
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Já a candidata Márcia considerou enriquecedora a campanha pelas discussões sobre a universidade e pelo detalhamento das propostas. Ela é arquiteta e professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo. Foi servidora técnico-administrativa por 14 anos e há 15 leciona na universidade. Foi chefe do Departamento de Arquitetura e Urbanismo por dois mandatos e, nos últimos quatro anos, esteve no posto de diretora do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT), segundo maior da universidade. Caso vença a disputa desta quarta, a candidata defende uma transição imediata e também uma atenção às finanças da Furb.
– Queremos que a transição comece desde já porque em fevereiro as matrículas e escalas dos professores já estarão concluídas, o que dificulta a tomada de decisões. Primeiro tem que traçar um planejamento estratégico, ver a dimensão da Furb, a estrutura administrativa. E a captação de recursos, que também é importante. Credenciar fundações, desburocratizar para que possamos buscar mais recursos, trazer Udesc, UFSC, fazer com que a Furb possa estar nesse processo.
Apesar da eleição feita na universidade, é o Conselho Universitário (Consuni) que elege a nova reitoria. Habitualmente, porém, os conselheiros costumam respeitar o resultado da consulta feita com estudantes e servidores. A reunião do Consuni que vai sacramentar a nova reitoria ocorre em 8 de novembro.
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