A passagem do furacão Wilma pelo balneário de Cancún, no México, devastou a infraestrutura da cidade e causou o adiamento da etapa da Copa do Mundo de Triatlo, inicialmente marcada para domingo. Até quinta, a federação internacional deve decidir se a prova ganhará nova data ou se será cancelada. Os brasileiros Paulo Miyasiro, Virgílio de Castilho e Sandra Soldan estavam com viagem marcada para esta terça.

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A organização chegou a considerar a possibilidade de adiar a prova para o dia 6 de novembro, mas os estragos no balneário impossibilitam a recuperação em tempo.

– A prova pode ser realizada no final de novembro. Estava preparada para competir neste fim de semana, mas agora precisamos manter a forma. Se não acontecer, será uma pena – afirmou Sandra Soldan.

Carlos Fróes, presidente da Confederação Brasileira de Triatlo e representante das Américas perante a organização, concorda com o adiamento da prova.

– Já havia manifestado junto ao órgão máximo do Triathlon e aos organizadores a preocupação de atletas, técnicos e dirigentes sobre o assunto. Acredito que o mais coerente é adiar a prova para daqui a uns 40 dias. O povo mexicano já está acostumado a passar por este tipo de problema e acredito que possam normalizar a vida da cidade neste tempo – disse.

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Caso a etapa de Cancún não seja realizada, o circuito mundial será encerrado no dia 13 de novembro, em New Plymouth, na Nova Zelândia. A seleção brasileira não deve participar desta prova.

Com ventos de até 177 km/h, o furacão chegou ao México no sábado e acabou danificando toda a infra-estrutura do complexo turístico – o nível da água chegou a subir de cinco a oito metros. Mais de 70 mil pessoas deixaram as cidades da região, que teve 55 municípios em estado de emergência. Na Península de Yucatán, 10 pessoas morreram. Além disso, milhares de turistas tentam deixar o local sem sucesso.