O gigantesco furacão Patricia havia sido considerado o mais forte da história antes de chegar ao território mexicano, quando começou a perder força. Antes de tocar o solo no Estado de Jalisco foi classificado na categoria 5 na escala Saffir-Simpson e foi perdendo força ao avançar sobre o território mexicano – na última atualização, às 10h (horário de Brasília), foi rebaixado para tempestade tropical com rajadas de vento de 80 km/h, segundo relatório Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.
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Ao longo do sábado, espera-se que o Patricia siga enfraquecendo à medida em que for passando pelo interior do país, onde os danos foram menores do que o esperado – embora o oeste norte do México continue sendo afetado por intensas chuvas.
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O presidente do México, Enrique Peña Nieto, alertava durante a tarde que a população buscasse se abrigar em lugares seguros.
– Vamos viver momentos difíceis frente a um fenômeno nunca visto antes.
Pelo Twitter, Peña fez um pedido para que as pessoas não saíssem de casa e seguissem as indicação de proteção:
#HuracánPatricia ya está en la costa de México. No salgan. Protéjanse y sigan indicaciones de Protección Civil. Estoy al pendiente de Uds.
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– Enrique Peña Nieto (@EPN) 23 outubro 2015
Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), o furacão se localizava em terra às 21h15min pelo horário de Brasília – por volta das 18h no horário local – e foi classificado na categoria 5, com ventos de 270 km/h. Já por volta da meia-noite (horário de Brasília), o Centro Nacional de Prevenção a Desastres do México informou, em seu Twitter, que o furacão havia sido rebaixado para a escala 4 e seguia para noroeste do estado de Colima e sudoeste de Jalisco.
Quatro horas mais tarde, o ciclone foi perdendo força e reclassificado na categoria 2, com rajadas de ventos de 160 km/h seguindo para o nordeste do país. Por volta das 6h30min (horário de Brasília), o Serviço Meteorológico mexicano informou nova queda, rebaixando para a categoria 1, com rajadas de 120 km/h.
Antes de tocar a terra, Patricia registrava ventos de 325 km/h, o furacão mais potente registrado na história, superando o tufão Haiyan, que devastou as Filipinas em novembro de 2013. O governo mexicano declarou estado de emergência diante da chegada do fenômeno, que atravessará uma zona onde há cerca de 400.000 pessoas.
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Brasileira que mora em Puerto Vallarta conta como foi a passagem do Patricia
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Como medida de prevenção, o governo ordenou a evacuação de pequenos povoados costeiros, o fechamento de vários portos, a suspensão das aulas nas áreas de risco e retirada de turistas mexicanos e estrangeiros do balneário de Puerto Vallarta. Estima-se que cerca de 21 mil turistas mexicanos e 7 mil estrangeiros estivessem no balneário localizado no estado de Jalisco – na trajetória de Patricia.
Apesar dos ventos muito fortes e chuva intensa na área de passagem do ciclone, não há registro de mortes.
Nilson Vargas: a chegada de Patricia vista da capital do México
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ofereceu nesta sexta-feira seu apoio e assistência aos mexicanos.
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– Nossos pensamentos estão com o povo mexicano, que se prepara para o furacão Patricia – escreveu Obama no Twitter.
– Os especialistas em desastres da USAID (agência de ajuda dos EUA) estão no local prontos para ajudar – acrescentou.
Imagens da Nasa mostram a chegada do furacão Patrícia no México:
Veja abaixo as categorias de um furacão: