O furacão Idalia tocou o solo da Flórida, nos Estados Unidos, na manhã desta quarta-feira (30). Com ventos de até 200 quilômetros por hora, é um dos mais fortes a atingir o estado dos EUA nos últimos anos. Até o momento da publicação da matéria, a tempestade deixou dois motoristas mortos após choque com árvores, casas submersas e 230 mil estabelecimentos sem energia. As informações são do g1.
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O furacão chegou à costa da Flórida por volta das 8h no horário local. Tocou o solo do estado com categoria 3, mas chegou a atingir a categoria 4 nesta madrugada. Segundo a meteorologia, o Idalia começou como uma tempestade, mas ganhou força nas últimas 12 horas por conta das águas quentes do oceano. Conforme for seguindo a trajetória prevista, o furacão deve perder força durante o dia.
— Ele começou em Honduras no dia 24 de agosto e veio subindo o mapa. Quando chegou perto da Flórida, ganhou muita força. Isso acontece por causa das águas quentes do oceano, que naquela região estão em 32°C. Esse calor todo foi transformado em energia, o que deu a ele força suficiente para se transformar em um furacão — explica Giovani Dolif, meteorologista do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Na terça-feira (29), o governo da Flórida orientou para que os moradores da região Oeste do estado deixassem suas casas. Pelo menos 14 milhões de pessoas estão em estado de alerta. O governador da Flórida, Ron de Santis, alertou a população: “Não se arrisquem nem se metam com esse furacão.”
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Confira imagens do furacão
As mudanças climáticas intensificam as tempestades
A Organização das Nações Unidas (ONU) classifica o período atual como uma “era de fervura global”. Devido ao aquecimento da Terra, as águas estão 3°C mais quentes do que a média, o que faz com que os fenômenos tenham ainda mais força. Giovane Dolif explica o que contribui para a força do fenômeno:
— Esse é um impacto das mudanças climáticas. Essa alta na temperatura aumenta a quantidade de vapor e energia e faz com que tempestades se transformem em furacões intensos, como o que estamos vendo.
“Há 60 anos que eu passo por isso”
Cauê Salgado, um brasileiro que vive em Tampa, na Flórida, relatou à Globonews que situações de chuvas torrenciais e ventanias ocorrem todos os anos, mas que desta vez ele não conseguiu sair de casa com os alagamentos.
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Apesar de não conseguir se locomover pela cidade devido ao alagamento, Cauê diz que já passou por situações como essa morando nos Estados Unidos.
— Eu não fico desesperado porque já estou acostumado, mas vou ouvindo a mídia. Os caras da Flórida não estão nem aí, dizem ‘há 60 anos que eu passo por isso’, mas eu não estou desesperado — conta o brasileiro.
*Sob supervisão de Clarissa Battistella
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