Quem aplicou em fundos de investimento imobiliários (FII) conseguiu boa rentabilidade neste ano. O Ifix (índice que mede a performance dos fundos imobiliários negociados na bolsa) valorizou-se 16% até meados de junho e foi mais rentável do que as aplicações nas ações que compõem o Ibovespa, que na média renderam 12%, e bem acima das aplicações em renda fixa, que renderam 6% no período.

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Apesar do cenário ruim, com o aumento da inadimplência e desemprego, além da retração do consumo, os fundos imobiliários estão se valorizando pela expectativa futura de queda da inflação e, consequentemente, uma queda nas taxas de juros, o que já vem acontecendo no mercado de juros futuros.

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Para quem quer diversificar a carteira de investimentos ou gosta de investir no mercado de imóveis, que tal conhecer melhor os fundos de investimento imobiliários? Estes fundos são negociados na bolsa de valores por meio de um banco ou corretora. Não precisa de grandes valores para investir porque suas cotas podem ser negociadas fracionadas, nem exigem a documentação que um imóvel físico requer e têm alguns benefícios interessantes, quando comparados com a compra direta de imóveis.

O principal beneficio é a vantagem tributária, pois, enquanto no aluguel de imóveis físicos há a incidência de IR, no recebimento do aluguel dos fundos imobiliários, que é pago mensalmente na forma de rendimento, o cotista pessoa física é isento do IR.

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Outra vantagem é a liquidez, pois são negociados na bolsa de valores, diminuindo o risco de não conseguir vender o ativo. No caso de venda das cotas, incide o IR de 20% sobre o lucro, ou seja, a diferença entre o valor de compra e venda das cotas, caso este valor seja positivo.

Atualmente, diversos fundos imobiliários de variados setores negociam na bolsa de valores. Entre os principais setores, podemos destacar: shopping centers, edifícios comerciais, galpões industriais, campi, agências bancárias, hotéis, prédios corporativos etc.

Como qualquer outro investimento, a aplicação em fundos imobiliários tem seus riscos e oportunidades. Antes de investir, é muito importante analisar a qualidade dos imóveis que fazem parte da carteira, número de negócios que o fundo movimenta diariamente, histórico dos rendimentos mensais, capacidade de pagamento dos locatários, vacância e a duração dos contratos.