Eles são jovens e têm ideias para produtos e serviços consideradas revolucionárias. Quando criaram as suas próprias empresas estavam na faixa dos 20 ou 30 anos de idade. Esse perfil de empreendedores catarinenses está cada vez mais na mira dos fundos de investimentos e das redes de “investidores-anjo”. Todos em busca da próxima proposta que poderá multiplicar as suas apostas e valer alguns – ou vários -milhões.

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Grandes negócios globais só se tornaram realidade porque conseguiram unir ideias inovadoras, ótimas estratégias de crescimento e a conquista de recursos de fundos e investidores que lidam com capital de risco. Na lista de empresas que começaram como startups estão companhias como IBM, Microsoft, HP, Cisco e, mais recentemente, o Google, o Twitter e o Facebook.

Atrás da próxima ideia matadora estão os fundos de investimento e as redes de investidores individuais (conhecidos como investidores-anjo). Tentando convencê-los, empresas forjadas em incubadoras, nas salas de universidades ou escritórios catarinenses.

A busca por este tipo de capital é a única forma de empresas de tecnologia inovadoras conseguirem dinheiro para crescer. Isso porque os recursos de subvenções públicas, oriundos normalmente de órgãos de fomento, são “carimbados”, segundo Bernardo de Castro, sócio da Arvus Tecnologia, uma das startups catarinenses que conseguiu conquistar um fundo de investimento. Em outras palavras, o dinheiro tem um uso limitado, geralmente restrito à contratação de pessoal técnico para o desenvolvimento de um produto ou solução. Mas ele não permite a contratação de funcionários para a comercialização do que está sendo produzido pela startup ou para fazer a propaganda de seus produtos e soluções.

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Conquistar a atenção de de um investidor não é tarefa fácil. Dois ambientes costumam ser os mais comuns para o primeiro contato são o virtual, através do envio de informações por e-mail, e o dos contatos pessoais, nos fóruns de capital de risco e nos escritórios regionais dos fundos de investimento.

A primeira dica é preparar uma apresentação curta de seu negócio e de sua proposta (chamada de pitch) convincente para a avaliação do investidor.

– Você deverá pegar o vislumbre do teu projeto e transformá-lo em cinco minutos de conversa. A proposta tem que convencer o investidor no tempo de uma viagem de elevador ou, algumas vezes, vendê-la na fração da queima de um palito de fósforos -ensina Tarqüínio Teles, da Hoplon Infotainment.

Se não existe uma fórmula de sucesso para o primeiro contato e as negociações seguintes, algo não muda neste processo de conquista dos investidores: o namoro demora para terminar em casamento.

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Da primeira reunião, na qual o plano de negócios é apresentado, até a assinatura do contrato, o processo pode levar entre seis meses e um ano. Mas há alternativas para o capital de risco, além do dinheiro público “carimbado”: premiações de estímulo, como a lançada pela RBS no mês passado.