Com o aumento do uso da cannabis pelo mundo para diferentes produtos, como medicamentos e cosméticos, e crescimento do cultivo em Santa Catarina e no Brasil para pesquisas de fins medicinais, os investidores começaram a olhar mais atentamente para a “indústria da maconha”. Corretoras brasileiras já disponibilizam fundos de investimento em empresas da área, mas os ativos acumulam perdas desde o lançamento.

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Os primeiros fundos no país foram lançados no fim de 2019 e investem principalmente em empresas do exterior, dos EUA e Canadá. Os investimentos possíveis incluem desde fabricantes de produtos medicinais à base de cannabis até empresas que atuam indiretamente nesta indústria, alugando grandes galpões para a produção, como explica o analista de ações da EQI Research, Luiz Cesta.

Um dos fundos disponíveis é o Cannabis Ativo, da Vitreo, que acumula -77,91% de perda desde o lançamento, em dezembro de 2022, até fevereiro deste ano, de acordo com dados da própria corretora. Já o Trend Cannabis, da XP Investimentos, acumula queda de -76,38% no mesmo período, segundo dados da empresa.

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Vale a pena investir?

A diversificação de investimentos é um dos mantras do mercado financeiro, mas é necessário ter cautela ao explorar um mercado ainda pouco consolidado. Para o analista de ações da EQI Research, Luiz Cesta, o setor de Cannabis é considerado de alto risco, mas o especialista acredita que há potencial de crescimento.

— A demanda e a oferta para esse tipo de produto são bastante incertas e dependem de inúmeros fatores, além da regulamentação de cada país. De qualquer maneira, o potencial crescimento do setor é muito alto dado os benefícios farmacêuticos que a substância está apresentando — analisa.

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