Uma das idealizadoras do projeto Caçadores de Bons Exemplos que está chegando em Santa Catarina, Iara Xavier conta que não há um roteiro prévio para a viagem e buscas de iniciativas na internet são evitadas, conforme contou Iara Xavier em entrevista ao DC.

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Diário Catarinense – Vocês já têm um roteiro das cidades que serão visitadas aqui em SC?

Iara Xavier – Não temos roteiro. As pessoas que vamos conhecendo é que vão nos direcionando. Nosso dia a dia é sempre uma surpresa.

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DC – Quantos projetos catarinenses imaginam que vão conhecer?

Iara – Depende de quantas indicações vamos ter. Só visitamos projetos indicados, não fazemos pesquisas na internet. As dicas são termômetros que os projetos funcionam.

DC – Mas vocês não têm informações prévias sobre os projetos?

Iara – Desde o princípio temos como regra não pesquisar. Às vezes as pessoas vão indicando e quando vemos, no fim da tarde, visitamos três projetos. Em outras, rodamos o dia todo até chegar em uma determinada cidade.

DC – Como vocês ficam instalados nas cidades que visitam?

Iara – Dormimos nas casas das pessoas ou pousadas quando somos convidados. Normalmente dormimos em uma barraca automotiva que temos no teto do carro.

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DC – Como é a rotina de vocês?

Iara – Nossa expedição é muito dinâmica. Não temos horários para almoço ou para dormir. Na maior parte dos dias não sabemos nem onde vamos dormir ou tomar banho.

DC- Quanto tempo ficam em cada cidade?

Iara Xavier – A média é de dois dias em cada cidade. Mas varia com a quantidade de indicações.

DC – Existe um tempo médio previsto de permanência no Estado?

Iara – A previsão é que fiquemos por um mês em Santa Catarina.

DC – Inicialmente vocês pretendiam conhecer mil projetos em um período de cinco anos, correto? Mas os números atuais são bem diferentes. Por quê?

Iara – Estamos super felizes por essa realidade. Imagina que somos apenas um casal e uma prova de que realmente os bons são a maioria. O que precisamos é somente mudar o nosso olhar e começar a olhar o lado luminoso do ser humano.

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DC – Após a conclusão do projeto em território brasileiro, o que pretendem fazer?

Iara – Não temos patrocínios. Isso faz com que não saibamos para aonde vamos e o que vamos encontrar pelo caminho. Por uma questão de sobrevivência, não pensamos mais em nosso futuro. Mas pretendemos fechar todos os Estados neste ano e depois seguir para outros países.

DC – A visão de vocês sobre a solidariedade muda à medida que conhecem tantas experiências?

Iara – O povo brasileiro é muito solidário. Precisamos direcionar esta energia para algo mais transformador. O assistencialismo é importante, mas tem que ter prazo para terminar. Precisamos empoderar as pessoas para que saiam da linha da pobreza.