O fundador do site de vazamentos de informações WikiLeaks, Julian Assange, refugiado na embaixada do Equador em Londres, recorreu da decisão de um tribunal de Estocolmo de manter uma ordem de prisão por um caso de estupro em 2010, anunciou seu advogado nesta quarta-feira.
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“Recorremos da decisão de mantê-lo em detenção preventiva in absentia”, declarou Tomas Olsson à AFP. O recurso foi apresentado ante a corte de apelação de Svea, na capital sueca, na terça-feira.
A procuradoria sueca manteve a ordem de prisão porque quer interrogar Assange por delitos sexuais, que ele nega.
O tribunal decidiu manter a ordem de detenção porque “ainda existe o risco de fuga”.
O suposto delito teria ocorrido em 2010 e o caso só deve expirar em 2020.
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Em junho, o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, um dos defensores de Julian Assange, solicitou à Suécia que reconheça o parecer de um comitê da ONU que afirma que o fundador do WikiLeaks está “detido arbitrariamente”.
Tanto Londres como Estocolmo rejeitaram a recente sentença dada pela ONU. Os britânicos recordaram que estavam sendo obrigados a executar o mandato de prisão europeu. Os suecos, por sua vez, disseram que estavam “em desacordo” com o grupo de especialistas da ONU.
Assange assegura que o pedido sueco é uma manobra para ser entregue aos Estados Unidos, onde teme ser condenado por ter filtrado em 2010 através do WikiLeaks cerca de 500.000 documentos confidenciais sobre o Iraque e Afeganistão, além dos 250.000 comunicados diplomáticos que constrangeram Washington.
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