Depois que a Justiça americana ordenou o fechamento do site Megaupload.com, a polícia da Nova Zelândia prendeu nesta sexta-feira seu fundador, em uma ofensiva contra os downloads ilegais de arquivos da internet.

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Quatro responsáveis pelo site com sede em Hong Kong, entre eles seu fundador, conhecido como Kim Dotcom, 37 anos, foram detidos em Auckland, na Nova Zelândia, pelas autoridades do país, que deram prosseguimento a um mandado de prisão dos Estados Unidos.

O FBI (polícia federal americana) e o Departamento de Justiça consideraram em um comunicado que este é um dos “maiores casos de violação de direitos autorais já tratados nos Estados Unidos”.

Represálias de hackers

O fechamento do Megaupload.com foi seguido pelo anúncio de represálias do grupo de hackers Anonymous, que disse no Twitter ter tirado do ar as páginas do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, da gravadora Universal Music e da associação profissional do disco RIAA, que permaneciam inacessíveis durante boa parte da quinta-feira.

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A Justiça da Nova Zelândia se pronunciou nesta sexta-feira contra a liberdade sob fiança para os quatro responsáveis pelo site. Entretanto, a polícia neozelandesa indicou que inspecionou 10 locais em Auckland, entre eles a residência de Kim Dotcom, a “Dotcom Mansion”.

Os policiais confiscaram vários veículos, entre eles um Cadillac rosa de 1959 e um Rolls-Royce Phantom, assim como “uma arma de fogo que, ao que parece, tem o cano cortado”. Além disso, 11 milhões de dólares neozelandeses (6,83 milhões de euros) foram bloqueados em contas bancárias.

Segundo o inspetor Grant Wormald, o criador do Megaupload.com tentou se refugiar em um quarto blindado quando a polícia chegou.

O site Megaupload.com permitia abrigar arquivos e compartilhá-los na internet. Oferecia milhares de filmes, séries e programas de televisão ou músicas com acesso livre. O site estava inacessível na quinta-feira ao meio-dia, depois que a página dos Estados Unidos e de outros 19 sites afiliados foram fechadas pela Justiça americana, que também confiscou US$ 50 milhõesdas contas da empresa com sede em Hong Kong, segundo as autoridades americanas.

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