Sun Myung Moon, o milionário sul-coreano que fundou a Igreja da Unificação, morreu na Coreia do Sul aos 92 anos, anunciou a agência sul-coreana Yonhap. Moon tinha sido hospitalizado no mês passado depois de sofrer complicações em decorrência de uma pneumonia.
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A seita havia informado na sexta-feira passada que seu fundador sofria de um problema crítico nos órgãos vitais. O reverendo Moon tinha sido transferido na semana passada do hospital St Mary de Seul para um centro médico pertencente à seita, no leste da capital coreana.
A “Igreja da Unificação” foi fundada por Sun Myung Moon em 1954, na Coreia do Sul. É uma das maiores comunidades religiosas do mundo.
Moon foi torturado e mandado para um campo de trabalhos forçados quando pregava na Coreia após a Segunda Guerra Mundial, de acordo com a sua biografia em seu site. Ele foi libertado quando os guardas fugiram com o avanço das forças americanas durante a Guerra da Coreia.
Depois de vagar pela cidade de Busan, no sul, como um refugiado de guerra, ele teria construído a sua primeira igreja nessa região a partir de caixas de rações militares. Seus ensinamentos são baseados na Bíblia, mas com novas interpretações, e são condenados como heréticos por algumas organizações cristãs.
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“A visão de Deus de Moon é essencialmente coreana, combinando xamanismo e padrões familiares confucianos ao modelo cristão,” escreveu o autor Michael Breen em seu livro “The Koreans”.
“Seu Deus é o pai misericordioso que sofre em uma agonia solitária em um mundo de crianças más.”
O movimento, conhecido por suas cerimônias de casamento que reúnem milhares de casais, afirma que evangeliza em cerca de 200 países e reivindica 3 milhões de adeptos.